Aldina Duarte - Roubados (2019)


Roubados (2019)


01. Vendaval / 02. Fado da Sina / 03. Não Me Conformo / 04. Veio a Saudade / 05. Praia de Outono / 06. Porta Maldita / 07. Oiça Lá Ó Senhor Vinho / 08. Arraial / 09. Vem / 10. Senhora da Nazaré / 11. Padre Nosso / 12. Rosa Enjeitada 

O vendaval

O Vendaval passou, nada mais resta / A nau do meu amor tem novo rumo / Igual a tudo aquilo que não presta / O amor que me prendeu, desfez-se em fumo / Navego agora em mar de calmaria / Ao sabor das marés, em verdes águas / Ao leme o esquecimento, e a alegria / Vai deixando para trás, as minhas mágoas / Para onde vou? / Não sei... / O que farei? / Sei lá... / Só sei que me encontrei / E que eu, sou eu enfim / E sei que ninguém mais rirá de mim / Longe no cais, ficou a tua imagem / Mal a distingo já esmaecida / Comigo a alegrar-me a viagem / Vão andorinhas de paz - de nova vida / Sigo tranquilo o rumo de Esperança / Buscando aquela paz apetecida / P'ra ti eu fui um lago de bonança / E tu, um Vendaval, na minha vida.

El vendaval

El vendaval pasó, nada más queda / La nave de mi amor tiene nuevo rumbo / Igual a todo aquello que no se adapta / El amor que me apresó, se deshace en humo / Navego ahora en un mar en calma / Al sabor de las mareas, en verdes aguas / Al timón el olvido y la alegría / Va dejando atrás mis amarguras / ¿Hacia dónde voy? / No sé.../ ¿Qué haré? / A saber... / Sólo sé que me encontré / Y que yo soy yo por fin / Yo sé que nadie más se reirá de mí / Lejos, en el puerto, quedó tu imagen / Apenas la distingo ya desvanecida / Conmigo, para alegrarme el viaje / Van golondrinas de paz, de nueva vida / Sigo tranquilo el rumbo de la esperanza / Buscando aquella paz deseada / Para ti yo fui un lago de bonanza / Y tú un vendaval en mi vida.

Fado da sina

Reza-te a sina / Nas linhas traçadas na palma da mão / Que duas vidas / Se encontram cruzadas / No teu coração / Sinal de amargura / De dor e tortura / De esperança perdida / Indício marcado / De amor destroçado / Na linha da vida / E mais te reza / Na linha do amor / Que terás de sofrer / O desencanto ou leve dispor / De uma outra mulher / Já que a má sorte assim quis / A tua sina te diz / Que até morrer terás de ser / Sempre infeliz / Não podes fugir / Ao negro fado brutal / Ao teu destino fatal / Que uma má estrela domina / Tu podes mentir às leis do teu coração / Mas ai quer queiras quer não / Tens de cumprir a tua sina / Cruzando a estrada da linha da vida / Traçada na mão / Tens uma cruz a afeição mal contida / Que foi uma ilusão / Amor que em segredo / Nasceu quase a medo / Para teu sofrimento / E foi essa imagem a grata miragem / Do teu pensamento / E mais ainda te reza o destino / Que tens de amargar / Que a tua estrela de brilho divino / Deixou de brilhar / Estrela que Deus te marcou / Mas que bem pouco brilhou / E cuja luz aos pés da cruz / Já se apagou

Fado del destino

Reza tu destino / En las líneas marcadas en la palma de la mano / Que dos vidas / Se encuentran cruzadas / En tu corazón / Señal de amargura / De dolor y tortura / De esperanza perdida / Indicio marcado / De amor destrozado / En la línea de la vida / Y reza aún más / En la línea del amor / Que tendrás que sufrir / El desencanto o la leve disposición / De otra mujer / Ya que la mala suerte así lo quiso / Tu destino te dice / Que hasta tu muerte habrás de ser / Siempre infeliz / No puedes huir / Al negro fado brutal / A tu destino fatal / Que una mala estrella domina / Tú puedes mentir a las leyes de tu corazón / Pero lo quieras o no / Debes cumplir tu destino / Cruzando la calle de la línea de la vida / Trazada en la mano / Tienes una cruz de amor mal contenido / Que fue una ilusión / Amor que en secreto / Nació casi con miedo / Para tu sufrimiento / Y fue esa imagen el grato espejismo / De tu pensamiento / Y aún más dice tu destino / Que sentirás amargura / Que tu estrella de brillo divino / Dejó de brillar / estrella que Dios te marcó / Pero que bien poco brilló / Y cuya luz a los pies de la cruz / Ya se apagó

Não Me Conformo

Não sei como pudeste descansar / Noutros braços, sabendo que estou triste / Nem um remorso só te faz lembrar / O que te dei e tu retribuíste / Mas como-Santo Deus-tudo apagado / Nesse teu coração descontrolado / Sabendo tu, que o meu se queimaria / Numa saudade viva, dia a dia / Bem sei que todo o bem tem sempre um fim / Mas não, não me conformo assim! / Entre nós dois estão sempre de permeio / Doces recordações a que me agarro / Na estante, o livro que deixaste a meio / No meu cinzeiro, o último cigarro / E o lenço que me deste nos meus anos / Mortalha d'outros tantos desenganos / Onde guardo o que resta desse adeus / Que os teus olhos trocaram com os meus / Bem sei que todo o bem tem sempre um fim / Mas não, não me conformo assim!

No me conformo

No sé cómo pudiste descansar / En otros brazos, sabiendo que estoy triste / Ni un remordimiento te hace recordar / Lo que te di y tú devolviste / Pero cómo, santo Dios, todo apagado / En ese corazón tuyo, descontrolado / En una saudade viva, día a día / Bien sé que todo bien tiene siempre un fin / Pero no, ¡no me conformo así! / Siempre están entre nosotros dos / Dulces recuerdos a los que me agarro / En la estantería, el libro que dejaste a medias / En mi cenicero, el último cigarro / Y el pañuelo que me regalaste en mi cumpleaños / Mortaja de otros tantos desengaños / Donde guardo lo que queda de ese adiós / Que tus ojos cambiaron con los mío / Bien sé que todo bien tiene siempre un fin / Pero no, ¡no me conformo así!

Veio a Saudade

Já estou sentindo o frio da despedida / Pouco a pouco a minha vida / Vai perdendo claridade / Já estou sentindo a amargura desta hora / Ainda não foste embora / Já estou sentindo saudade / Já estou sentindo a distância dos teus passos / O calor dos teus abraços / Já pouco me aquece agora / Teus olhos frios quando se encontram nos meus / Já desenham o adeus / De quem está p'ra ir embora / Os ventos vão mudar / Os dias vão passar desfeitos em saudade / Do banco da tristeza / Já vejo com clareza chegar a tempestade / O sol vai-se afastando / A noite vem chegando trazendo a solidão / A neve vai surgir / A terra vai sentir a flor, cair ao chão 

Llegó la saudade

Ya estoy sintiendo el frío de la despedida / Poco a poco mi vida / Estás perdiendo claridad / Ya estoy sintiendo la amargura de esta hora / Aún no te has ido / Ya estoy sintiendo saudades / Ya estoy sintiendo la distancia de tus pasos / El calor de tus abrazos / Poco me calienta ahora / Tus ojos fríos cuando se encuentran en los míos / Ya dibujan el adiós / De quien te vas a ir / Los vientos cambiarán / Los días pasarán deshechos en saudade / Desde el banco de la tristeza / Ya veo con claridad llegar la tempestad / El sol se va alejando / La noche llega trayendo soledad / La nieve surgirá / La tierra sentirá la flor cayendo al suelo 

Praia de outono 

Praia de outono desfigurada / Pela mordaça das marés vivas / Praia de outono transfigurada / Pela ameaça de alguém que partiu / Aquele amor sob o furor do mar / Já começou a declinar / Tenho medo! / Nem eu sei de quê a noite vem tão cedo / Praia de outono ninguém nos vê / Em ti a bruma / Em mim ciúme / Vão-nos velando / A nós como as marés / Não se vislumbra / Esperança nenhuma / De alguém saber / Quem sou nem quem tu és

Playa de otoño 

Playa de otoño desfigurada / Por la mordaza de mareas vivas / Playa de otoño transfigurada / Por la amenaza de alguien que partió / Aquel amor bajo el furor del mar / Ya comenzó a declinar / ¡Tengo miedo! / Ni yo sé por qué la noche viene tan rápido / Playa de otoño, nadie nos ve / En ti la bruma / En mí los celos / Nos van velando / A nosotros como a las mareas / No se vislumbra / Ninguna esperanza / De que alguien sepa / Quién soy no quién eres tú

Porta maldita

Fechaste a porta eu fiquei por detrás daquela porta / Menos viva, mais que morta, mais perdida, menos eu / Fechaste a porta e eu não sei se sei de mim desde então / Há uma vez, um coração que por ti sempre bateu / Porta maldita / É atrás dela que grita / A fé que não acredita / Nesta despedida fria / Porta que dita / Horas ao meu desespero / Porta cerrada que eu espero / Ver aberta, qualquer dia / Fechaste a porta e depois daquela porta fechada / Vi que pouco mais que nada do nosso amor, existia / Fechaste a porta entre os dois esse muro de madeira / Cerrou á nossa maneira a história que nos unia 

Puerta maldita

Cerraste la puerta y me quedé por detrás de aquella puerta / Menos viva, más muerta, más perdida, menos yo / Cerraste la puerta y yo n sé si sé de mí desde entonces / Hay una vez, un corazón que por ti siempre latió / Puerta maldita / Y detrás de ella que grita / La fe que no cree / En esta despedida fría / Puerta que dicta / Horas a mi desesperación / Puerta cerrada que espero / ver abierta cualquier día / Cerraste la puerta y después de aquella puerta cerrada / Vi que poco más que nada de nuestro amor existía / Cerraste la puerta, entre los dos ese muro de madera / Cerró a nuestra manera la historia que nos unía

Oiça la, ó senhor vinho

Oiça la, ó senhor vinho / Vai responder-me, mas com franqueza, / Porque é que tira toda a firmeza / A quem encontra no seu caminho? / La por beber um copinho a mais, / Até pessoas pacatas, amigo vinho, / Em desalinho, / Vossa merce faz andar de gatas! / É mau o procedimento / E a intenção daquilo que faz, / Entra-se em desiquilibrio, / Não ha equilibrio que seja capaz, / As leis da fisica falham / E a vertical de qualquer lugar / Oscila sem se deter e deixa de ser prependicular! / Eu ja fui, responde o vinho, / A folha solta a bailar ao vento / Que o raio de Sol do firmamento / Me trouxe à uva doce carinho. / Ainda guardo o calor do Sol / E assim eu até dou vida, / Aumento o valor seja de quem for / Na boa conta, peso e medida / E só faço mal a quem me julga ninguém, / Faz pouco de mim, / Quem me trata como agua, / É ofensa paga, eu ca sou assim / Vossa merce tem razão, / É ingratidão falar mal do vinho / E a provar o que digo / Vamos, meu amigo, a mais um copinho

Mire usted, señor vino

Mire usted, señor vino / Respóndame, pero con franqueza / ¿Por qué quita toda la firmeza / A quien encuentra en su camino? / Pues por beber un vasito de más / Hasta las personas sosegadas, amigo vino / En desaliño / Vuestra merced los hace andar a gatas / Es malo el procedimiento / Y la intención de aquello que hace / Se entra en desequilibrio / No hay equilibrio del que se sea capaz / Las leyes de la física fallan / Y la vertical de cualquier lugar / Oscila sin detenerse y deja de ser perpendicular / Yo ya fui, responde el vino / La hoja suelta que baila al viento / Que el rayo del sol del firmamento / Me trajo a la uva el dulce cariño / Aún guardo el calor del sol / Y así yo hasta doy vida / Aumento el valor de quien sea / En buena cuenta, peso y medida / Yo sólo hago mal a quien me juzga un don nadie / Hace poco de mí / Quien me trata como al agua / Es ofensa que pagan, yo soy así / Vuestra merced tiene razón, / Es ingratitud hablar mal del vino / Y para probar lo que digo / Vamos, amigo mío, otro vasito.  

Arraial

Acabou o arraial / Folhas e bandeiras já sem cor / Tal qual aquele dia em que chegaste / Tal qual aquele dia, meu amor / Para quê cantar / Se longe já não ouves / O nosso canto ainda está na fonte / E o nosso sonho, nas estrelas do horizonte / Ainda nasce a lua nos moinhos / Ainda nasce o dia sobre os montes / Ainda vejo a curva do caminho / Ainda o mesmo som, a mesma fonte / Sabes meu amor não estou sozinho / Pelas salas do silencio em que te escuto / Abro as janelas ainda cheira a rosmaninho / Vejo-me ao espelho, ainda vejo luto

Romería

Se acabó la romería / Hojas y banderas ya sin color / Tal como aquel día en que llegaste / Tal como aquel día, mi amor / Para qué cantar / Si desde lejos ya no oyes / Nuestro canto aún está en la fuente / Y nuestro sueño, en las estrellas del horizonte / Aún nace la luna en los molinos / Aún nace el día sobre los montes / Aún veo la curva del camino / Aún el mismo sonido, la misma fuente / Sabes, mi amor, no estoy solo / Por las salas de silencio en que te escucho / Abro las ventanas, aún huele a romero / Me miro al espejo, aún veo luto

Senhora da Nazaré

Senhora da Nazaré, rogai por mim / Também sou um pescador que anda no mar / Ao largo da vida aproei nas vagas sem fim / Vi o meu barquito de sonhos sempre a naufragar / As minhas redes lancei com confiança / Colhi só desilusões num mar ruim / Perdi o leme da esperança / Eu não sei remar assim / Senhora da Nazaré, rogai por mim.

Señora de Nazaré

Señora de Nazaré, rogad por mí / También soy un pescador que está en el mar / A lo largo de la vida puse mi proa a olas sin fin / Vi mi barquito de sueños siempre naufragar / Mis redes las lancé con confianza / Cogí sólo desilusiones en un mar ruin / Perdí el timón de la esperanza / Yo no sé remar así / Señora de Nazaré, rogad por mí.

Padre Nosso

Sem carinho de ninguém / Sou andorinha sem ninho / Que nem mesmo beiral tem / Sofri tanto, que nem sei / Se faria um mar de pranto / Tanto pranto que eu chorei / Cantar, cantar uma balada tristonha / Para não acordar quem sonha / De ilusões que a vida tem / Eu vou rezando um Padre Nosso baixinho / Para que as pedras do caminho / Rezem comigo também / Neste inferno / Por meu mal / Sou qual barca sem governo / A mercé do temporal / Minha vida faz lembrar / Uma guitarra esquecida / Que ninguém quer dedilhar / Cantar, cantar uma balada tristonha / Para não acordar quem sonha / De ilusões que a vida tem / Eu vou rezando um Padre Nosso baixinho / Para que as pedras do caminho / Rezem comigo

Padre Nuestro

Sin cariño de nadie / Soy golondrina sin nido / Que ni siquiera tiene tejado / Sufrí tanto, que ni sé / Si haría un mar de llanto / Tanto llanto que lloré / Cantar, cantar una balada tristona / Para no despertar a quien sueña / De las ilusiones que tiene la vida / Yo voy rezando un padrenuestro bajito / Para que las piedras del camino / Recen conmigo también / En este infierno, por mi mal / Soy como barca sin gobierno / A merced de un temporal / Mi vida hace recordar / Una guitarra olvidada / Que nadie quiere tocar / Cantar, cantar una balada tristona / Para no despertar a quien sueña / De las ilusiones que tiene la vida / Yo voy rezando un padrenuestro bajito / Para que las piedras del camino / Recen conmigo también 

Rosa Enjeitada

Sou essa rosa, caprichosa, sem ser má / Flor de alma pura e de ternura ao Deus dará / Que viu um dia, que sentia um grande amor / E de paixão o coração estalar de dor / Rosa enjeitada / Sem mãe sem pão sem ter nada / Que vida triste e chorada / O teu destino te deu / Rosa enjeitada / Rosa humilde e perfumada / Afinal desventurada quem és tu? / Rosa enjeitada / Uma mulher que sofreu / Tão pobrezinha que ainda tinha uma afeição / Alguém que amava e que sonhava uma ilusão / Mas esse alguém por outro bem se apaixonou / E assim fiquei sem ele que amei e me enjeitou 

Rosa repudiada

Yo soy la rosa, caprichosa, sin ser mala / Flor de alma pura y de ternura a la buena de Dios / Que vio un día, que sentía un gran amor / Y de pasión el corazón estallar de dolor / Rosa repudiada / Sin madre, sin pan, sin tener nada / Qué vida triste y llorada / Te ha dado tu destino / Rosa repudiada / Rosa humilde y perfumada humilde / Al final, desventurada, ¿quién eres tú? / Rosa repudiada / Una mujer que sufrió / Tan pobre que todavía tenía un amor / Alguien que amaba y soñaba con una ilusión / Pero ese alguien de otro bien se enamoró / Y así me quede sin el que amé y me repudió

¡Crea tu página web gratis! Esta página web fue creada con Webnode. Crea tu propia web gratis hoy mismo! Comenzar