Carminho - Alma (2012)


CARMINHO - ALMA (2012)

1. Lágrimas Do Céu / 2. Malva-Rosa / 3. As Pedras Da Minha Rua / 4. Bom Dia, Amor / 5. Folha / 6. Meu Namorado / 7. Fado Das Queixas / 8. Fado Adeus / 9. Cabeça De Vento / 10. Impressão Digital / 11. Talvez / 12. À Beira Do Cais / 13. Ruas / 14. Saudades Do Brasil Em Portugal / 15. Disse-te Adeus 

Lágrimas do Céu 

Quando eu canto e a chuva cai / Uma nuvem de incerteza / Paira em mim de quando em quando / Cada gota lembra um ai / A rimar com a tristeza / Dos versos que vou cantando / Cada gota lembra um ai / A rimar com a tristeza / Dos versos que vou cantando / E na doce melodia / De que o fado se reveste / Quando o meu olhar embaça / Vejo a estranha melodia / Da chuva que o vento agreste / Faz murmurar na vidraça / Vejo a estranha melodia / Da chuva que o vento agreste / Faz murmurar na vidraça / Então dou no meu lamento / Ao fado que me prendeu / Rimas tristes, pobrezinhas / Cai a chuva, geme o vento / São as lágrimas do Céu / Que fazem brotar as minhas / Cai a chuva, geme o vento / São as lágrimas do Céu / Que fazem brotar as minhas

Lágrimas del cielo 

Cuando yo canto y la lluvia cae / Una nube de incerteza / Se suspende sobre mí de cuando en cuando / Cada gota recuerda un "ay" / Que rima con la tristeza / De los veros que voy cantando / Cada gota recuerda un "ay" / Que rima con la tristeza / De los veros que voy cantando / Y en la dulce melodía / De que el fado se reviste / Cuando mi mirada palidece / Veo la extraña melodía / De la lluvia que el viento agreste / Hace murmurar el ventanal / Veo la extraña melodía / De la lluvia que el viento agreste / Hace murmurar en el ventanal / Entonces doy en mi lamento / Al fado que me atrapó / Rimas tristes, pobrecitas / Cae la lluvia, gime el viento / Son las lágrimas del cielo / Que hacen brotar las mías / Cae la lluvia, gime el viento / Son las lágrimas del cielo / Que hacen brotar las mías

Malva-Rosa 

Xaile verde, verde malva / Sacudida e toda airosa / Ainda mal rompia a alva / Saía de casa a Rosa / E o esvoaçar do seu xaile / Trazia o povo intrigado / E a pobre Rosa, afinal / Ia à missa e ao mercado / A rosa que abrisse / Na sua roseira / Não tinha a maneira / Daquela morena / Ligeira, brejeira, formosa / Parecia uma pena, pequena / Essa Rosa! / Creio que desde criança / Aquele xaile a compunha / A ponto da vizinhança / À Rosa pôr essa alcunha / Essa alcunha graciosa / De que já ninguém a salva / Chamavam-lhe Malva-Rosa / Com o seu xaile cor de malva / A rosa que abrisse / Na sua roseira / Não tinha a maneira / Daquela morena / Ligeira, brejeira, formosa / Parecia uma pena, pequena / Essa Rosa! / A rosa que abrisse / Na sua roseira / Não tinha a maneira / Daquela morena / Ligeira, brejeira, formosa / Parecia uma pena, pequena / Essa Rosa!

Malva-Rosa

Chal verde, verde malva / Sacudida y toda airosa / Apenas rompía el alba / Salía de casa Rosa / Y los vuelos de su chal / Traían al pueblo intrigado / Y la pobre Rosa al final / Iba a misa y al mercado / La rosa que se abría / En su rosal / No tenía las maneras / De aquella morena / Ligera, grácil, hermosa / Parecía una pluma, pequeña / ¡Esa Rosa! / Creo que desde niña / Aquel chal la acompaña / Cercana a los vecinos / Rosa lleva ese apodo / Ese apodo gracioso / Del que ya nadie la salva / La llamaban Malva-Rosa / Con su chal color de malva / La rosa que se abría / En su rosal / No tenía las maneras / De aquella morena / Ligera, grácil, hermosa / Parecía una pluma, pequeña / ¡Esa Rosa! / La rosa que se abría / En su rosal / No tenía las maneras / De aquella morena / Ligera, grácil, hermosa / Parecía una pluma, pequeña / ¡Esa Rosa!

As pedras da minha rua 

Esta noite choveu muito / Nas pedras da minha rua / Depois vi nelas a sombra / Que me parecia ser tua / Esperei que subisses as escadas / Mas teus passos não ouvi / Lá fora as pedras molhadas / Pareciam chorar, chorar por ti / Não pisaste mais as pedras / As pedras da rua / Hoje piso-as sem saber / Se ainda sou tua / Eu e elas não te vemos / Meu amor, há mais de um mês / Volta amor, volta a pisar / Estas pedras outra vez / O candeeiro da esquina / E até mesmo a luz da lua / Não viram mais tua sombra / Nas pedras da minha rua / Quando chove como hoje / E as pedras estão a brilhar / Eu vejo os meus olhos nelas / Já tão cansados de tanto esperar / Não pisaste mais as pedras / As pedras da rua / Hoje piso-as sem saber / Se ainda sou tua / Eu e elas não te vemos / Meu amor, há mais de um mês / Volta amor, volta a pisar / Estas pedras outra vez / Eu e elas não te vemos / Meu amor, há mais de um mês / Volta amor, volta a pisar / Estas pedras outra vez

Las piedras de mi calle

Esta noche llovió mucho / En las piedras de mi calle / Después vi en ellas la sombra / Que me parecía ser tuya / Esperé que subieses las escaleras / Pero no escuché tus pasos / Allí fuera las piedras mojadas / Parecían llorar, llorar por ti / No pisaste más las piedras / Las piedras de la calle / Hoy las piso sin saber / Si aún soy tuya / Yo y ellas no te vemos / Mi amor, hace más de un mes / Vuelve amor, vuelve a pisar / Esas piedras otra vez / La farola de la esquina / E incluso la luz de la luna / No vieron más tu sombra / En las piedras de mi calle / Cuando llueve como hoy / Y las piedras están brillando / Yo veo mis ojos en ellas / Ya tan cansados de tanto esperar / No pisaste más las piedras / Las piedras de la calle / Hoy las piso sin saber / Si aún soy tuya / Ni yo ni ellas te vemos / Mi amor, hace más de un mes / Vuelve amor, vuelve a pisar / Esas piedras otra vez / Ni yo ni ellas te vemos / Mi amor, hace más de un mes / Vuelve amor, vuelve a pisar / Esas piedras otra vez

Bom dia, amor 

Bom dia, amor / Dizem as rosas da janela ao ver o sol nascer / Bom dia, amor / Tal como as rosas espero sempre por te ver / E um dia há-de ser dia, corra o vento pra onde for / Juntam-se as rosas pra me ver com o meu amor / Bom dia digo sempre quando vem / Quando passam por mim os olhos seus / E mais diria aos olhos do meu bem / Se ao menos uma vez vissem os meus / E mais diria aos olhos do meu bem / Se ao menos uma vez vissem os meus / Bom dia, amor / Dizem as rosas da janela ao ver o sol nascer / Bom dia, amor / Tal como as rosas espero sempre por te ver / E um dia há-de ser dia, corra o vento pra onde for / Juntam-se as rosas pra me ver com o meu amor / Daqui eu digo tudo o que te vejo / A cada teu passar na minha rua / Assim é como vivo e assim te beijo / E trago esta maneira de ser tua / Assim é como vivo e assim te beijo / E trago esta maneira de ser tua / Bom dia, amor / Dizem as rosas da janela ao ver o sol nascer / Bom dia, amor / Tal como as rosas espero sempre por te ver / E um dia há-de ser dia, corra o vento pra onde for / Juntam-se as rosas pra me ver com o meu amor / Bom dia, amor / Dizem as rosas da janela ao ver o sol nascer / Bom dia, amor / Tal como as rosas espero sempre por te ver / E um dia há-de ser dia, corra o vento pra onde for / Juntam-se as rosas pra me ver com o meu amor

Buenos días, amor 

Buenos días, amor / Dicen las rosas de la ventana al ver el sol nacer / Buenos días, amor / Tal como las rosas yo espero siempre por verte / Y un día debe ser día, corra el viento hacia donde corra / Se juntan las rosas para verme con mi amor / Buenos días digo siempre cuando vienen / Cuando pasan por mí tus ojos / Y diría más a los ojos de mi bien / Si al menos una vez viesen los míos / Y diría más a los ojos de mi bien / Si al menos una vez viesen los míos / Buenos días, amor / Dicen las rosas de la ventana al ver el sol nacer / Buenos días, amor / Tal como las rosas yo espero siempre por verte / Y un día debe ser día, corra el viento hacia donde corra / Se juntan las rosas para verme con mi amor / Desde aquí te cuento todo lo que veo / A cada pasar tuyo por mi calle / Así es como vivo y así te beso / Y traigo esta manera de ser tuya / Así es como vivo y así te beso / Y traigo esta manera de ser tuya / Buenos días, amor / Dicen las rosas de la ventana al ver el sol nacer / Buenos días, amor / Tal como las rosas yo espero siempre por verte / Y un día debe ser día, corra el viento hacia donde corra / Se juntan las rosas para verme con mi amor / Buenos días, amor / Dicen las rosas de la ventana al ver el sol nacer / Buenos días, amor / Tal como las rosas yo espero siempre por verte / Y un día debe ser día, corra el viento hacia donde corra / Se juntan las rosas para verme con mi amor

Folha

Folha maldita, obedeces / Às mãos que nem tu mereces / Às mentiras do poeta / Toda a negrura dos traços / Descreveram mil abraços / Histórias de uma porta aberta / Toda a negrura dos traços / Descreveram mil abraços / Histórias de uma porta aberta / Só tu sabes, folha branca / A arte de tornar estanque / Essa seiva da verdade / Contou-me histórias de amor / Esse pobre fingidor / Fez-me crer que tem saudade / Contou-me histórias de amor / Esse pobre fingidor / Fez-me crer que tem saudade / E tu, oh folha rendida / À mão que na despedida / Diz adeus sem ter partido / Vai dizer a toda a gente / Que finge o que deveras sente / O meu poeta perdido / Vai dizer a toda a gente / Que finge o que deveras sente / O meu poeta perdido

Hoja 

Hoja maldita, obedeces / Las manos que ni tú mereces / Las mentiras del poeta / Toda la negrura de los trazos / Describieron mil abrazos / Historias de una puerta abierta / Toda la negrura de los trazos / Describieron mil abrazos / Historias de una puerta abierta / Sólo tú sabes, hoja blanca / El arte de ocultar / Esta savia de verdad / Me contó historias de amor / Ese pobre fingidor / Me hizo creer que tiene saudades / Me contó historias de amor / Ese pobre fingidor / Me hizo creer que tiene saudades / Y tú, oh, hoja rendida / La mano que en la despedida / Dice adiós sin haber partido / Va a decir a toda la gente / Que finge lo que de veras siente / Mi poeta perdido / Va a decir a toda la gente / Que finge lo que de veras siente / Mi poeta perdido

Meu namorado 

Ele vai-me possuindo / Não me possuindo / Num canto qualquer / É como as águas fluindo / Fluindo até ao fim / É bem assim que ele me quer / Meu namorado / Meu namorado / Minha morada é onde tu quiseres morar / Ele vai-me iluminando / Não me iluminando / Um atalho sequer / Sei que ele vai-me guiando / Guiando de mansinho / P'lo caminho que eu quiser / Meu namorado / Meu namorado / Minha morada é onde tu quiseres morar / Vejo meu bem com os seus olhos / E é com meus olhos que o meu bem me vê / Meu namorado / Meu namorado / Minha morada é onde tu quiseres morar

Mi enamorado

Él me va poseyendo / Sin poseerme / En un canto cualquiera / Es como las aguas que fluyen / Fluyendo hasta el fin / Y es así que él me quiere bien / Mi enamorado / Mi enamorado / Mi morada donde tú quisieras morar / Él me va iluminando / Sin iluminarme / Siquiera un atajo / Sé que él me va guiando / Guiándome en silencio / Por el camino que yo quiera / Mi enamorado / Mi enamorado / Mi morada donde tú quisieras morar / Veo a mi amor con sus ojos / Y es con mis ojos con los que mi bien me ve / Mi enamorado / Mi enamorado / Mi morada donde tú quisieras morar

Fado das queixas 

Pra que te queixas de mim / Se eu sou assim / Como tu és / Barco perdido no mar / Que anda a bailar / Com as marés? / Tu já sabias / Que eu tinha o queixume / Do mesmo ciúme / Que sempre embalei / Tu já sabias / Que amava deveras / Também quem tu eras / Confesso, não sei! / Não sei quem és / Nem quero saber / Errei, talvez / Mas que hei-de fazer? / A tal paixão que jamais findará / Pura ilusão! / Ninguém sabe onde está! / Dos dois, diz lá / O que mais sofreu! / Diz lá que o resto sei eu! / Pra que me queixo eu também / Do teu desdém / Que me queimou / Se é eu queixar-me afinal / Dum temporal / Que já passou? / Tu nem calculas / As mágoas expressas / E a quantas promessas / Calámos a voz! / Tu nem calculas / As bocas que riam / E quantas podiam / Queixar-se de nós! / Não sei quem és / Nem quero saber / Errei, talvez / Mas que hei-de fazer? / A tal paixão que jamais findará / Pura ilusão! / Ninguém sabe onde está! / Dos dois, diz lá / O que mais sofreu! / Diz lá que o resto sei eu! / Não sei quem és / Nem quero saber / Errei, talvez / Mas que hei-de fazer? / A tal paixão que jamais findará / Pura ilusão! / Ninguém sabe onde está! / Dos dois, diz lá / O que mais sofreu! / Diz lá que o resto sei eu!

Fado de las quejas 

¿Para qué te quejas de mí / Si yo soy así / Como tú eres / Barco perdido en el mar / Que está bailando con las mareas? / Tú ya sabías / Que yo tenía el lamento / De los mismos celos / Que siempre mecí / Tú ya sabías / Que amaba de veras / También quién tú eras / Confieso, ¡no sé! / No sé quién eres / Ni quiero saberlo / Me equivoqué, tal vez / Pero, ¿qué debo hacer? / Ante tal pasión que jamás terminará / ¡Pura ilusión! / Pero nadie sabe donde está / De los dos, dime / El que más sufrió / Dímelo, que el resto lo sé yo / ¿Para qué me quejo también / De tu desdén / Que me quemó / Si el final es quejarme / De un temporal / Que ya pasó? / Tú ni calculas / Los dolores expresos / Y a cuántas promesas / Prestamos la voz / Tú ni calculas / Las bocas que reían / Y cuántas podían / Quejarse de nosotros / No sé quién eres / Ni quiero saberlo / Me equivoqué, tal vez / Pero, ¿qué debo hacer? / Ante tal pasión que jamás terminará / ¡Pura ilusión! / Pero nadie sabe donde está / De los dos, dime / El que más sufrió / Dímelo, que el resto lo sé yo / No sé quién eres / Ni quiero saberlo / Me equivoqué, tal vez / Pero, ¿qué debo hacer? / Ante tal pasión que jamás terminará / ¡Pura ilusión! / Pero nadie sabe donde está / De los dos, dime / El que más sufrió / Dímelo, que el resto lo sé yo

Fado Adeus

Quis a sorte que encontrasse os teus favores / Mas deixaste marca forte no meu peito / Não desdenho dos teus passos / Também não nego os abraços / A doçura do olhar / Quando dizias adeus / Tudo parava, escurecia / Estou perdida, espelho meu / Diz-me onde anda a minha alma já sem cor / Onde estão os dias claros, tudo em flor? / Deixaste a guitarra muda / A navalha está fechada / Sobre o lenço de cetim / Tão negro que dói de olhar / Noitinha mais devagar / Tem cuidado, o amor tem fim / Contrário à esperança eterna / Mas eu sei que tu não voltas / Disse-me este fado. Adeus / Diz-me onde anda a minha alma já sem cor / Onde estão os dias claros, tudo em flor? / Deixaste a guitarra muda / A navalha está fechada / Sobre o lenço de cetim / Tão negro que dói de olhar / Noitinha mais devagar / Tem cuidado, o amor tem fim / Contrário à esperança eterna / Mas eu sei que tu não voltas / Disse-me este fado. Adeus

Fado Adiós

Quiso la suerte que encontrase tus favores / Pero dejaste marca fuerte en mi pecho / No desprecio tus pasos / tampoco niego los abrazos / La dulzura de la mirada / Cuando decías adiós / Todo paraba, se oscurecía / Estoy perdida, espejo mío / Dime por dónde vaga mi alma ya sin color / ¿Dónde están los días claros, todo en flor? / Dejaste la guitarra muda / La navaja está cerrada / Sobre la sábana de satén / Tan negro que duele mirarlo / Nochecita, más despacio / Ten cuidado, el amor tiene fin / Contrario a la esperanza eterna / Pero yo sé que tú no vuelves / Me lo dijo este fado. Adiós / Dime por dónde vaga mi alma ya sin color / ¿Dónde están los días claros, todo en flor? / Dejaste la guitarra muda / La navaja está cerrada / Sobre la sábana de satén / Tan negro que duele mirarlo / Nochecita, más despacio / Ten cuidado, el amor tiene fin / Contrario a la esperanza eterna / Pero yo sé que tú no vuelves / Me lo dijo este fado. Adiós

Cabeça de vento

Lisboa, se amas o Tejo / Como não amas ninguém / Perdoa num longo beijo / Os caprichos que ele tem / Faço o mesmo ao meu amor / Se me aparece zangado / Para acalmar-lhe o fulgor / Num beijo canto-lhe o fado / E vejo todo o bem que ele me quer / Precisas de aprender a ser mulher / Tu também és rapariga / Tu também és cantadeira / Vale mais uma cantiga / Cantada à tua maneira / Que andarem os dois à uma / Nesse quebrar de cabeça / Que lindo enxoval de espuma / Ele traz quando regressa / À noite é de prata o seu lençol / De dia veste o pijama de Sol / Violento mas fiel / Sempre a arrojar-se a teus pés / Meu amor é como ele / Tem más e boas marés / Minha cabeça de vento / Deixa-o lá ser ciumento / Minha cabeça de vento / Deixa-o lá ser ciumento

Cabeza loca 

Lisboa, si amas el Tajo / Como no amas a nadie / Perdona en un largo beso / Los caprichos que él tiene / Yo hago lo mismo a mi amor / Si me aparece enfadado / Para calmar su furor / En un beso le canto un fado / Y veo cuánto me quiere / Necesitas aprender a ser mujer / Tú también eres muchacha / Tú también eres cantante / Vale más una canción / Cantada a tu manera / Que estar los dos empeñados / En ese quebradero de cabeza / Qué lindo ajuar de espuma / Trae ella cuando regresa / Por la noche es de plata su sábana / De día viste un pijama de sol / Violento pero fiel / Arrojándose siempre a tus pies / Mi amor es como él / Tiene malas y buenas mareas / Mi cabeza loca / Déjale que sea celoso / Mi cabeza loca / Déjale que sea celoso

Impressão digital

Os meus olhos são uns olhos / E é com esses olhos uns / Que eu vejo no mundo escolhos / Onde outros com outros olhos / Não vêm escolhos nenhuns / Que eu vejo no mundo escolhos / Onde outros com outros olhos / Não vêm escolhos nenhuns / Quem diz escolhos diz flores / De tudo o mesmo se diz / Onde uns vêm luto e dores / Uns outros descobrem cores / Do mais formoso matiz / Onde uns vêm luto e dores / Uns outros descobrem cores / Do mais formoso matiz / Nas ruas ou nas estradas / Onde passa tanta gente / Uns veêm pedras pisadas / Outros, gnomos e fadas / Num alo resplandecente / Uns veêm pedras pisadas / Outros, gnomos e fadas / Num alo resplandecente / Inútil seguir vizinhos / Querer ser depois ou ser antes / Cada um é seus caminhos / Onde Sancho vê moinhos / D. Quixote vê gigantes / Cada um é seus caminhos / Vê moinhos, são moinhos / Vê gigantes, são gigantes

Impresión digital

Mis ojos son unos ojos / Y es con esos ojos únicos / Con los que veo en el mundo escollos / Donde otros con otros ojos / No ven ningún escollo / Con los que veo en el mundo escollos / Donde otros con otros ojos / No ven ningún escollo / Quien dice escollos dice flores / De todo se puede decir lo mismo / Donde unos ven luto y dolores / Otros descubren colores / De los más bellos matices / Donde unos ven luto y dolores / Otros descubren colores / De los más bellos matices / En las calles y avenidas / Donde pasa tanta gente / Unos ven piedras pisadas / Otros, nomos y hadas / En un halo resplandeciente / Unos ven piedras pisadas / Otros, nomos y hadas / En un halo resplandeciente / Es inútil seguir cercanos / Querer que sea después o antes / Cada uno es sus caminos / Donde Sancho ve molinos / Don Quijote ve gigantes / Cada uno en sus caminos / Ve molinos, son molinos / Ve gigantes, son gigantes

Talvez 

Talvez digas um dia o que me queres / Talvez não queiras afinal dizê-lo / Talvez passes a mão no meu cabelo / Talvez não pense em ti talvez me esperes / Talvez, sendo isto assim, fosse melhor / Falhar-se o nosso encontro por um triz / Talvez não me afagasses como eu quis / Talvez não nos soubéssemos de cor / Mas não sei bem, respostas não mas dês / Vivo só de murmúrios repetidos / De enganos de alma e fome dos sentidos / Talvez seja cruel, talvez, talvez / Se nada dás, porém, nada te dou / Neste vaivém que sempre nos sustenta / E se a própria saudade nos inventa / Não sei talvez quem és mas sei quem sou 

Tal vez 

Tal vez digas un día lo que me quieres / Tal vez no quieras al final decirlo / Tal vez pases la mano por mi cabello / Tal vez no piense en ti, tal vez me esperes / Tal vez, si esto es así, fuese mejor / Que fallase nuestro encuentro por un tris / Tal vez no me tomaste como yo quise / Tal vez no nos supiésemos de memoria / Pero no sé bien, no me des respuestas / Vivo sólo de murmullos repetidos / De engaños del alma y hambre de los sentidos / Tal vez sea cruel, tal vez, tal vez / Si nada das, entonces nada te doy / En este vaivén que siempre nos sustenta / Y si la propia saudade no se inventa / No sé tal vez quién eres, pero sé quién soy

À beira do cais 

Esse bando de gaivotas / Brincando em cada maré / Este mar de águas paradas / Que alimenta a minha fé / Os barcos que vão chegar / Os barcos que vão partir / Todo este cais é um mundo / Todo este cais é um mundo / De onde não posso fugir / À beira do cais, quem me vê já me conhece / Sou a tal que não se esquece / Que é do mar que tu virás / À beira do cais, tenho o meu destino agora / Estou sempre à espera da hora / Em que um dia voltarás / Há quem não ache acertado / Mas a mim, pouco me interessa / Que não é por vir aqui / Que tu voltas mais depressa / Mas ficou-me este costume / Que até hoje não perdi / Junto ao mar eu acredito / Junto ao mar eu acredito / Que estou mais perto de ti / À beira do cais, quem me vê já me conhece / Sou a tal que não se esquece / Que é do mar que tu virás / À beira do cais, tenho o meu destino agora / Estou sempre à espera da hora / Em que um dia voltarás / À beira do cais, tenho o meu destino agora / Estou sempre à espera da hora / Em que um dia voltarás

A orillas del puerto 

Esa bandada de gaviotas / Jugando en cada marea / Este mar de aguas paradas / Que alimenta mi fe / Los barcos que van llegando / Los barcos que van partiendo / Todo este puerto es un mundo / Todo este puerto es un mundo / Del que no puedo huir / A orillas del puerto, quien me ve ya me conoce / Soy esa que no se olvida / Que es del mar de donde vendrás / A orillas del puerto tengo mi destino ahora / Estoy siempre a espera de la hora / En que un día volverás / Hay quien no lo ve acertado / Pero a mí poco me interesa / Que no es por venir aquí / Que tú vuelves más deprisa / Pero me quedó esta costumbre / Que hasta hoy no perdí / Junto al mar yo creo / Junto al mar yo creo / Que estoy más cerca de ti / A orillas del puerto, quien me ve ya me conoce / Soy esa que no se olvida / Que es del mar de donde vendrás / A orillas del puerto tengo mi destino ahora / Estoy siempre a espera de la hora / En que un día volverás / A orillas del puerto tengo mi destino ahora / Estoy siempre a espera de la hora / En que un día volverás

Ruas

Já as aves se recolhem / E ao soltar os meus cabelos / Como em jeito de pensar / Não há olhos que me olhem / Como lãs, como novelos / Na minh' alma a querer bordar / Não há olhos que me olhem / Como lãs, como novelos / Na minh' alma a querer bordar / Nesta rua tudo é estranho / Nunca antes fora minha / E, não sendo, é tudo agora / Tenho o mundo ao meu tamanho / O silêncio que não tinha / E o luar á mesma hora / Tenho o mundo ao meu tamanho / O silêncio que não tinha / E o luar á mesma hora / Foi-se o pranto dos amantes / Entre cartas, versos, trovas / Que escreveram tantas ruas / Já não choro como dantes / Na minh' alma há ruas novas / Não me dão saudades tuas / ...Já não choro como dantes / Na minh' alma há ruas novas / Não me dão saudades tuas...

Calles

Ya las aves se recogen / Y al soltar mis cabellos / Como en un gesto de pensar / No hay ojos que me miren / Como lanas, como ovillos / Que quieren bordar en mi alma / No hay ojos que me miren / Como lanas, como ovillos / Que quieren bordar en mi alma / En esta calle todo es extraño / Nunca antes fue mía / Y, sin serlo, es todo ahora / Tengo el mundo a mi tamaño / El silencio que no tenía / Y la luna a la misma hora / Tengo el mundo a mi tamaño / El silencio que no tenía / Y la luna a la misma hora / Se fue el llanto de los amantes / Entre cartas, versos, trovas / Que escribieron tantas calles / Ya no lloro como antes / En mi alma calles nuevas / No me dan saudades tuyas / ... Ya no lloro como antes / En mi alma calles nuevas / No me dan saudades tuyas...

Saudades do Brasil em Portugal

O sal das minhas lágrimas de amor criou o mar / Que existe entre nós dois, p'ra nos unir e separar / Pudesse eu te dizer da dôr que dói dentro de mim / Que mói meu coração, nesta paixão que não tem fim / Ausência tão cruel, saudade tão fatal / Saudades do Brasil em Portugal / Meu bem / Sempre que ouvires um lamento / Crescer desolador na voz do vento / Sou eu em solidão pensando em ti / Chorando todo o tempo que perdi

Saudades de Brasil en Portugal 

La sal de mis lágrimas de amor creó el mar / Que existe entre nosotros dos, para unirnos y separarnos / Si te pudiese decir el dolor que duele dentro de mí / Que muele mi corazón, en esta pasión que no tiene fin / Ausencia tan cruel, saudade tan fatal / Saudades de Brasil en Portugal / Mi bien / Siempre que escuches un lamento / Creciendo desolador en la voz del viento / Soy yo en soledad pensando en ti / Llorando todo el tiempo que perdí

Disse-te adeus 

Disse-te adeus, não me lembro / Em que dia de Setembro / Só sei que era madrugada / A rua estava deserta / E até a lua discreta / Fingiu que não deu por nada / A rua estava deserta / E até a lua discreta / Fingiu que não deu por nada / Sorrimos à despedida / Como quem sabe que a vida / É nome que a morte tem / Nunca mais nos encontrámos / E nunca mais perguntámos / Um pelo outro a ninguém / Nunca mais nos encontrámos / E nunca mais perguntámos / Um pelo outro a ninguém / Que memória ou que saudade / Contará toda a verdade / Do que não fomos capazes? / Por saudade ou por memória / Eu só sei contar a história / Da falta que tu me fazes / Por saudade ou por memória / Eu só sei contar a história / Da falta que tu me fazes

Te dije adiós 

Te dije adiós, no recuerdo / En qué día de septiembre / Sólo sé que era madrugada / La calle estaba desierta / Y hasta la luna discreta / Fingió que no veía nada / La calle estaba desierta / Y hasta la luna discreta / Fingió que no veía nada / Sonreímos en la despedida / Como quien sabe que la vida / Es nombre que la muerte tiene / Nunca más nos encontramos / Y nunca más preguntamos / Uno por otro a nadie / Nunca más nos encontramos / Y nunca más preguntamos / Uno por otro a nadie / ¿Qué memoria o qué saudade / Contará toda la verdad / De lo que no fuimos capaces? / Por saudade o por memoria / Yo sólo sé contar la historia / De la falta que tú me haces / Por saudade o por memoria / Yo sólo sé contar la historia / De la falta que tú me haces

¡Crea tu página web gratis! Esta página web fue creada con Webnode. Crea tu propia web gratis hoy mismo! Comenzar