Dulce Pontes - O primeiro canto (1999)


O primeiro canto (1999)

1. Alma guerreira (Fogo) / 2. Fado-mãe / 3. Tirioni / 4. O primeiro canto (dedicado a José Afonso) / 5. O que fôr há-de ser / 6. Modinha das saias / 7. Garça perdida / 8. Velha Chica / 9. Ai solidom / 10. Suite da terra / 11. É tão grande o Alentejo / 12. Pátio dos amores / 13. Porto de mágoas / 14. Ondeia (Água)

Alma guerreira (fogo)

À volta desta fogueira / Todos saltam, todos dançam, todos gritam / E nesta dança guerreira / Todos temem, ninguém foge, todos ficam / E não há de luar / Mas vou ficar / Ficar por ti, por ti / Por ti meu amor / O pranto sequei e á volta da fogueira / Entrei na dança guerreira / E me enfeiticei / Á volta desta fogueira / Todos saltam, todos dançam, todos gritam / E nesta dança guerreira / Todos temem, ninguém foge, todos ficam / Tu, tu vais ficar e vais dançar / Porque sem ti, sem ti / Sem ti meu amor eu não vejo o céu / Apaga-se a fogueira que esta dança guerreira / Em mim acendeu

Alma guerrera (fuego) 

Alrededor de esta hoguera / Todos saltan, todos danzan, todos gritan / Y en esta danza guerrera / Todos temen, nadie huye, todos se quedan / Y no hay luz de luna / pero me quedaré / Quedarme por ti, por ti / Por ti, mi amor / El llanto sequé y alrededor de la hoguera / Entré en la danza guerrera / Y me hechicé / Alrededor de esta hoguera / Todos saltan, todos danzan, todos gritan / Y en esta danza guerrera / Todos temen, nadie huye, todos se quedan / Tú, tú vas a quedarte y a danzar / Porque sin ti, sin ti / Sin ti, mi amor, yo no veo el cielo / Se apagó la hoguera que esta danza guerrera / En mi encendió

Fado mãe

Ai minha fonte, meu rio / Ai de água tão pura e bela / Nos seus olhos um sol / Que é a minha janela / Quem me dera ser o mar / Para a embalar / E adormecé-la / E não deixar seu corpo arrefecer / Agasalhar-lhe o peito em minha mão / E não deixar o vento, a chuva, a mágoa / A solidão na sua água / Mergulhar meu coração / Quem me dera ser o mar / Para a embalar e adormecé-la!

Fado madre

Ay, mi fuente, mi río / Ay, del agua tan pura y bella / En sus ojos un sol / Que es mi ventana / Ojalá yo fuera el mar / Para acunarla / Y adormecerla / Y no dejar su cuerpo enfriarse / Cubrir su pecho con mi mano / Y no dejar el viento, la lluvia, el dolor / La soledad en su agua / Sumergir mi corazón / Ojalá yo fuera el mar / Para acunarla y adormecerla

Tirioni

Cardai cardicas cardai / La lhana pa los cobertores / Que las pulgas (e)stan prenhadas / Van a parir cardadoress / Tirioni tioni tioni / Tirioni tioni tiono / La moda d'l Tirioni / Quin l'havi(e) d(e)aumentare? / Un burro d(e)un cardadore / Que la truxo pal'lhugare! / L'lhugar de Du(e)s Eigreijas / Te(n) una pidra bermelha / Donde se sentam los moçus / A peinar a la guedeilha / L'lhugar de Du(e)s Eigreijas / Te(n) una pidra redonda / Donde se sentam los moús / Quando benam de la ronda

Tirioni 

Cardad, cardadoras, cardad / La lana para las colchas / Que las pulgas están preñadas / Van a parir cardadores / Tirioni tioni tioni / Tirioni tioni tiono / la moda del Tirioni / ¿Quién la había de aumentar / Un burro de un cardador / Que la trajo a este lugar / Al lugar de Dos Iglesias / Tienen una piedra colorada / Donde se sientan los mozos / A peinar la madeja / El lugar de Dos Iglesias / Tiene una piedra redonda / Donde se sientan los mozos / Cuando llegan de la ronda

O primeiro canto ( Dedicado a José Afonso)

O tambor a tocar sem parar / Um lugar onde a gente se entrega / O sour do teu corpo a lavar a terra / O tambor a tocar sem parar / O batuque que o ar reverbera / O sour do teu rosto a lavrar a terra / Logo de manhãzinha, subindo a ladeira já / Já vai a caminho a Maria-Faia / Desenhando o peito moreno um raminho de hortelã / Na frescura dos passos a etrerna paz do Poeta / Azinheiras de ardente paixão / Soltam folhas, suaves, na calma / De teu fogo brilhando a escrever na alma / Uma pena ilumina o vier / De outras penas de esperança perdida / O teu rosto sereno a cantar a vida / Mil promessas de amor verdadeiro / Vão bordando o teu manto guerreiro / Hoje e sempre serás o primeiro canto! / Ai, o meu amor era um pastor, o meu amor / Ai, ninguém lhe conheceu a dor / Ai, o meu amor era um pastor Lusitano / Ai, que mais ninguém lhe faça dano / Ai, o meu amor era um pastro verdadeiro / Ai, o meu amor foi o primeiro / Estas fontes da nossa utopia / São sementes, são rostos sem véus / O teu sonho profundo a espreitar dos céus! / Mil promessas de amor verdadeiro / Vão bordando o teu manto guerreiro / Hoje e sempre serás o primeiro canto!

El primer canto ( Dedicado a José Afonso)

El tambor tocando sin parar / Un lugar donde la gente se entrega / El sudor de tu cuerpo lava la tierra / El tambor tocando sin parar / El toque que en el aire reverbera / El sudor de tu cuerpo lavando la tierra / Después ya de mañanita , subiendo por la ladera / Ya va de camino Maria-Faia / Dibujando el pecho moreno un ramito de verdura / En la frescura de los pasos la eterna paz del poeta / Encinas de ardiente pasión / Sueltan hojas, suaves, en la calma / De tu fuego que brilla al escribir en el alma / Una pena ilumina el venir / De otras penas de esperanza perdida / Tu rostro sereno que canta la vida / Mil promesas de amor verdadero / Van bordando tu manto guerrero / ¡Hoy y siempre serás el primer canto! / Ay, mi amor era un pastor, mi amor / Ay, nadie conoce su dolor / Ay, mi amor era un pastor lusitano / Ay, que nadie más le haga daño / Ay, mi amor era un pastor verdadero / Ay, mi amor fue el primero / Estas fuentes de nuestra utopía / Son simientes, son rostros sin velos / ¡Tu sueño profundo a espera de los cielos! / Mil promesas de amor verdadero / Van bordando tu manto guerrero / ¡Hoy y siempre serás el canto primero!

O que fôr há-de ser

Ai seja o que for / Que o amor me traga / Sei que é Primavera neste Inverno / Ver que o olhar / É de pequenas rugas e de flores / Tão terno... / Sonhar seu beijo na fronte / A luz no horizonte / Como o primeiro raio de sol / Sentir por dentro da calma / A paz e a alma dos que não estão sós / Linda ciranda / Ciranda linda / Gira que gira e torna a girar / Quando eu morrer / Oh ciranda linda, deixa um luzeiro / Para que o possa ver! / E sempre á volta a girar / Sempre em volta, no ar / De alma solta a te amar / Para sempre girar / Sempre envolta no ar / Meu amor, meu amor / O que for, há de ser!

Lo que sea habrá de ser 

Ay, sea lo que sea / Lo que el amor me traiga / Sé que es primavera en este invierno / ver que la mirada es de pequeñas arrugas y de flores / Tan tierno... / Soñar su beso en la frente / La luz en el horizonte / Como el primer rayo de sol / Sentir por dentro de la calma / La paz y el alma de los que no están solos / Linda molinillo / Gira que gira y vuelve a girar / Cuando yo muera / Oh, molinillo lindo, deja un lucero / Para que lo pueda ver / Y siempre volver a girar / Siempre dando vueltas en el aire / Del alma suelta para amarte / Para girar siempre / Siempre envuelta en el aire / Mi amor, mi amor / ¡Lo que sea habrá de ser!

Modinha das saias

Saia / Na saia a faia / Na saia, a faia / Na saia, a saia, a faia, a saia / Que é de cambraia / A saia, a saia! / E ser catraia / Alfaia sou / Vou rodar a saia / Olaré, virou! / Dá reviravolta / Um dois três: voou! / Fogo e água / Terra e sal / Mandrágora / Luz cristal! / Brilha e brilha mais / Brilha que brilha / Nos madrigais / Brilhará, brilhou! / Vour rodar a saia / E a saia virou / Torna a rodar e outra vez girar / Olaré, virou! / Olaré, traz-traz! / Um, dois três virou / E outra vez atrás / Torna a rodar / Olaré traz-traz / Um dois três virou / E em frente rodou!!!

Modita de las faldas

Falda / En la falda la franja / En la falda, la falda, la franja, la falda / Que es de gasa / ¡La falda, la falda! / Y ser graciosa / Soy un adorno / Voy a rodar la falda / Olaré, giró / Da una revuelta / Un dos tres: vuela / Fuego y agua / Tierra y sal / Mandrágora / ¡Luz cristal! Brilla y brilla más / Birlla que brilla / En los madrigales / ¡Brillará, brilló! / Voy a girar la falda / Y la falda giró / Vuelve a bailar y girar otra vez / Olaré, giró / ¡Olaré, tras, tras! / Un, dos, tres, giró / Y otra vez atrás / Vuelve a rodar / ¡Olaré, tras, tras! / Un, dos, tres, giró / ¡¡¡Y enfrente rodó!!!

Garça perdida

Anoiteceu / No meu olhar de feiticeira / De estrela do mar, de céu, de lua cheia / De garça perdida na areia / Anoiteceu no meu olhar / Perdi as penas, não posso voar / Deixei filhos e ninhos / Cuidados, carinhos, no mar... / Só sei voar dentro de mim / Neste sonho de abraçar / O céu sem fim, o mar, a terra inteira! / E trago o mar dentro de mim / Com o céu vivo a sonhar e vou sonhar até ao fim / Até não mais acordar... / Então, voltarei a cruzar este céu e este mar / Voarei, voarei sem parar á volta da terra inteira! / Ninhos faria de lua cheia e depois / Dormiria na areia 

Garza perdida 

Anocheció / En mi mirada hechicera / De estrella de mar, del cielo, de luna llena / De garza perdida en la arena / Anocheció en mi mirada / Perdí las penas, no puedo volar / Dejé hijos y nidos / Cuidados, cariños, en el mar... / Sólo sé volar dentro de mí / En este sueño de abrazar / El cielo sin fin, el mar, ¡la tierra entera! / Y traigo el mar dentro de mí / Vivo soñando con el cielo y voy a soñar hasta el final / Hasta no despertar más... / Entonces, volveré a cruzar este cielo y este mar / Volaré, volaré sin parar alrededor de toda la tierra / Haría nidos de luna llena y después / Dormiría en la arena

Velha Chica

Antigamente que a velha Chica / Vendia cola e gengibre / Antigamente que a velha Chica / Vendia cola e gengibre / E lá pela tarde, ela lavava / A roupa de um patrão importante / E lá pela tarde, ela lavava / A roupa de um patrão importante / E nós os miúdos lá da escola / Perguntávamos a vovó Chica / Qual era a razão daquela pobreza / Daquele nosso sofrimento / Qual era a razão daquela pobreza / Daquele nosso sofrimento / Xê menino, xê menino não fala política / Não fala política, não fala política / Xê menino não fala política / Não fala política, não fala política / Mas a velha Chica / Embrulhada nos pensamentos / Ela sabia, mas não dizia / A razão daquele sofrimento / A razão daquele sofrimento / Xê menino, xê menino não fala política / Não fala política, não fala política / Xê menino não fala política, / Não fala política, não fala política / E o tempo passou / E a velha chica / Só mais velha ficou / Ela somente fez uma cubata... / Com tecto de zinco / Com tecto de zinco / Xê menino, xê menino não fala política / Não fala política, não fala política / Xê menino não fala política / Não fala política, não fala política / Mas quem vê agora o rosto / Daquela senhora, daquela senhora / Só vê as rugas do sofrimento / Do sofrimento, do sofrimento / E ela agora só diz... / Xê, menino quando eu morrer / Quero ver Angola em paz / Quero ver Angola em paz... / Xê, menino quando eu morrer / Quero ver Angola e o mundo em paz

Vieja Chica

Antiguamente la vieja Chica / Vendía cola y jengibre / Antiguamente la vieja Chica / Vendía cola y jengibre / Y ya hacia la tarde ella lavaba / La ropa de un patrón importante / Y ya hacia la tarde ella lavaba / La ropa de un patrón importante / Y nosotros, los niños de la escuela / Preguntábamos a la yaya Chica / Cuál era la razón de aquella pobreza / De aquel sufrimiento nuestro / Cuál era la razón de aquella pobreza / De aquel sufrimiento nuestro / Mi niño pequeño, mi niño pequeño, no hables de política / No hables de política, no hables de política / Mi niño pequeño, no hables de política / No hables de política, no hables de política / Pero la vieja Chica / Embrujada en sus pensamientos / Sabía la razón, pero no la decía / La razón de aquel sufrimiento / La razón de aquel sufrimiento / Mi niño pequeño, mi niño pequeño, no hables de política / No hables de política, no hables de política / Mi niño pequeño, no hables de política / No hables de política, no hables de política / Y el tiempo pasó / Y la vieja Chica / Sólo se hizo más vieja / Ella apenas se hizo una chabola / Con techo de zinc / Con techo de zinc / Pero quien ve ahora el rostro / De aquella señora, de aquella señora / Sólo ve arrugas de sufrimiento / De sufrimiento, de sufrimiento / Y ella ahora sólo dice... / Pequeño niño, cuando yo muera / Quiero ver una Angola en paz / Quiero ver una Angola en paz... / Pequeño niño, cuando yo muera / Quiero ver una Angola en paz

Ai solidom

​​Se passeares no adro- ai solidom solidom / No dia do meu enterro- ai ai ai ai ai / Diz á terra que não coma- ai solidom solidom / As tranças ao meu cabelo- ai ai ai ai ai / Ó bonequinha agora agora, ó bonequinha / Ó bonequinha agora já / Se te apanhasse aqui sozinha, ó bonequinha / Dava-te um beijo na carinha / Ó bonequinha, ó bonequinha / A oliveira se queixa / Se queixa e tem razão / Que lhe comem a azeitona / Deitam-lhe a folha ao chão

Ay solidom

Si pasaras por la ermita; ay, solidom, solidom / En el día de mi entierro; ay, ay, ay, ay, ay / Dile a la tierra que no se coma; ay, solidom, solidom / Las trenzas de mi cabello; ay, ay, ay, ay, ay / Oh, muñequita ahora, ahora, oh, muñequita / Oh, muñequita ahora ya / Si te cogiese aquí solita , oh, muñequita / Te daba un beso en la carita / Oh, muñequita, oh, muñequita / El olivo se queja / Se queja y tiene razón / Que le comen la aceituna / Y le tiran la hoja al suelo

Suite da terra

​Sulcar a terra, semear / Duas mãos calejadas / Almas caiadas, raiz profunda / Semente fecunda / Oh montanha verde / Nascente de água, vida / Do verde que sinto / Do verde que cheiro / Do cheiro que é verde! / Oh montanha verde / Nascente de água, vida / Do verde que sinto / Do verde que cheiro / Do cheiro que é ver-te! / Nas asar do Ar / Sobrevoar as casas / Sublimar a dor / Num bater de asas / Magma de povo solar / Cantarás um fado novo / Quando o vulcao despertar / Cantarás um fado novo

Suite de la tierra 

Surcar la tierra, sembrar / Dos manos encallecidas / Almas calladas, raíz profunda / Simiente fecunda / Oh, montaña verde / Manantial de agua, vida / Del verde que siento / Del verde que huelo / ¡Del olor que es verde! / Oh, montaña verde / Manantial de agua, vida / Del verde que siento / Del verde que huelo / ¡De olor que es verte! / En las alas del aire / Sobrevolar las casas / Sublimar el dolor / En un batir de alas / Magma de polvo solar / Cantarás un fado nuevo / Cuando despierte el volcán / Cantarás un fado nuevo

É tão grande o Alentejo

​No Alentejo eu trabalho / Cultivando a dura terra / Vou fumando o meu cigarro / Vou cumprindo o meu horário / Lançando a semente á terra / É tão grande o Alentejo / Tanta terra abandonada!... / A terra é que dá o pão / Para bem desta nação / Devia ser cultivada / Tem sido sempre esquecido / Á margem, ao sul do Tejo / Há gente desempregada / Tanta terra abandonada / É tão grande o Alentejo!

Es tan grande el Alentejo

En el Alentejo trabajo / Cultivando la dura tierra / Voy fumando mi cigarro / Voy cumpliendo mi horario / Lanzando la simiente a la tierra / Es tan grande el Alentejo / ¡Tanta tierra abandonada...! / La tierra, que es quien da pan / Para bien de esta nación / Debería ser cultivada / Ha sido siempre olvidada / La orilla del sur del Tajo / Hay gente desempleada / Tanta tierra abandonada / ¡Es tan grande el Alentejo!

Pátio dos amores

​Sentada num camarim / Vejo a minha história a passar por mim / Sentada num camarim / Perdidos na memória uns lábios de carmim... / A todos pensei amar / Ai de cada um, ai de cada qual / Mas nenhum me soube dar esse verbo amar, que faz tanto mal! / E quando estava a passar / A marcha popular, ao pé da tua porta / Fui teus olhos encontrar / Perdi-me nesse olhar e...caí como morta! / Ai meu Deus, que desvario / Ai andar ao frio, ai perder o sono! / Oh María, que fastio, andei fio a pavío / E o homem já tem dono!

Patio de los amores 

Sentada en un camarín / veo mi historia pasar delante de mí / Sentada en un camarín / Perdidos en la memoria unos labios de carmín... / A todos pensé amar / Ay de cada uno, ay de cada cual / ¡Pero ninguno me supo dar ese verbo amar, que hace tanto mal! / Y mientras pasaba / La marcha popular cerca de tu puerta / Fui a encontrarme con tus ojos / ¡Me perdí en esa mirada y... caí como muerta! / Ay, mi Dios; qué desvarío / ¡Ay, estar en el frío, ay, perder el sueño! / Ay, María, qué fastidio, caminé de un lado a otro / Y el hombre ya tenía dueño!

Porto de mágoas

​Esperar como quem sonha / Um rio a correr / Um lírio aberto a ser na alvorada / Um caminho, uma estrada / Para além-mundo / Querer no silêcio do nada / O sentimento fundo / Mas no sentimento fundo do som / O mesmo riso, o mesmo pranto / Meu ser em alvoroço / Vai navegando as horas, uma a uma... / E as rotas que se perdem sem querer / Se o mar não o quiser / Há sempre o espanto e a espuma / E as mãos como gazelas, como pombas / Dedilhando a guitarra / Com a benção da água / E o tempo a envolver-se em minhas sombras / Neste amor que me amarra / Ao teu porto de mágoas / Ao meu porto de mágoas

Puerto de amarguras 

Esperar como quien sueña / Un río que corre / Un lirio abierto a ser en el amanecer / Un camino, una senda / Para más allá del mundo / Querer en el silencio de la nada / El sentimiento hondo / Pero en el sentimiento hondo del sonido / La misma risa, el mismo llanto / Mi ser en alborozo / Ve navegando las horas, una a una... / Y las rutas que se pierden sin querer / Si el mar no lo quisiera / Siempre hay espanto y espuma / Y las manos como gacelas, como palomas / Punteando la guitarra / Con la bendición del agua / Y el tiempo de envolverse en mis sombras / En este amor que me amarra / A tu puerto de amarguras / A mi puerto de amarguras

¡Crea tu página web gratis! Esta página web fue creada con Webnode. Crea tu propia web gratis hoy mismo! Comenzar