Kátia Guerreiro - Os fados do fado (2009)


Os fados do fado (2009)

1. Vira dos malmequeres / 2. Arraial / 3. A Rosinha dos limões / 4. Agora choro à vontade / 5. Lisboa à noite / 6. Procuro e não te encontro / 7. Fado da sina / 8. Nem às paredes confesso / 9. Gaivota / 10. Namorico da Rita / 11. Há festa na mouraria / 12. Amar!

Vira dos malmequeres

Oh malmequer mentiroso / Quem te ensinou e mentir? / Tu dizes que me quer bem / Quem de mim anda a fugir / Desfolhei um malmequer / No lindo jardim de Santarém / Mal me quer, bem me quer / Muito longe está quem me quer bem / Um malmequer pequenino / Disse um dia á linda rosa / Por te chamarem rainha / Não sejas tão orgulhosa / Desfolhei um malmequer / No lindo jardim de Santarém / Mal me quer, bem me quer / Muito longe está quem me quer bem / Malmequer não é constante / Malmequer muito varia / Vinte folhas dizem morte / Treze dizem alegria / Desfolhei um malmequer / No lindo jardim de Santarém / Mal me quer, bem me quer / Muito longe está quem me quer bem / Lusitana, rosa morena / Não tenhas pena, meu amor leal / Dá-mos os braços, dá-me os teus laços / E vem dar vivas em Portugal

Danza de las margaritas

Margarita mentirosa / ¿Quién te enseñó a mentir? / Tú dices que me quiere bien / Quién está huyendo de mí / Deshojé una margarita / En el lindo jardín de Santarém / Mal me quiere, bien me quiere / Muy lejos está quien me quiere bien / Una margarita pequeñita / Dijo un día a la linda rosa / Porque te llamen reina / No seas tan orgullosa / Deshojé una margarita / En el lindo jardín de Santarém / Mal me quiere, bien me quiere / Muy lejos está quien me quiere bien / La margarita no es constante / La margarita cambia mucho / Veinte pétalos dicen muerte / Trece dicen alegría / Deshojé una margarita / En el lindo jardín de Santarém / Mal me quiere, bien me quiere / Muy lejos está quien me quiere bien / Lusitana, rosa morena / No tengas pena, mi amor leal / Dame los brazos, dame tus lazos / Y ven a dar vivas en Portugal

Arraial

Acabou o arraial / Folhas e bandeiras já sem côr / Tal qual aquele dia em que chegaste / Tal qual aquele dia, meu amor / Para quê cantar / Se longe já não ouves / O nosso canto ainda está na fonte / E o nosso sonho nas estrelas do horizonte / Ainda nasce a lua dos moínhos / Ainda nasce o dia sobre os montes / Ainda vejo a curva do caminho / Ainda o mesmo som, as mesmas fontes / Sabes meu amor, não estou sózinho / Pelas salas do silêncio em que te escuto / Abro a janela, ainda cheira a rosmaninho / Olho-me ao espelho, ainda vejo luto

Romería

Se acabó la romería / Hojas y banderas ya sin color / Tal como aquel día en que llegaste / Tal como aquel día, mi amor / Para qué cantar / Si de lejos ya no oyes / Nuestro canto está aún en la fuente / Y nuestro sueño en las estrellas del horizonte / Aún nace la luna de los molinos / Aún nace el día sobre los montes / Aún veo la curva del camino / Aún el mismo sonido, las mismas fuentes / Sabes, mi amor, no estoy solo / Por las salas del silencio donde te escucho / Abro la ventana, aún huele a lavanda / Me miro al espejo, aún veo luto

A Rosinha dos limões

Quando ela passa, franzina e cheia de graça / Há sempre um ar de chalaça, no seu olhar feiticeiro / Lá vai catita, cada dia mais bonita / E o seu vestido, de chita, tem sempre um ar domingueiro / Passa ligeira, alegre e namoradeira / E a sorrir, p'rá rua inteira, vai semeando ilusões / Quando ela passa, vai vender limões à praça / E até lhe chamam, por graça, a Rosinha dos limões / Quando ela passa, junto da minha janela / Meus olhos vão atrás dela até ver, da rua, o fim / Com ar gaiato, ela caminha apressada / Rindo por tudo e por nada, e às vezes sorri p'ra mim... / Quando ela passa, apregoando os limões / A sós, com os meus botões, no vão da minha janela / Fico pensando, que qualquer dia, por graça / Vou comprar limões à praça e depois, caso com ela!

Rosiña de los limones

Cuando ella pasa, delgada y llena de gracia / Hay siempre un aire mordaz, en su mirada hechicera / Allá va elegante, cada día más bonita / Y su vestido, estampado, siempre tiene un aire dominguero / Pasa ligera, alegre y enamorando / Y al sonreír, por la calle entera, va sembrando ilusiones / Cuando ella pasa, va a vender limones a la plaza / Y hasta le llaman, con gracia, la Rosinha de los limones / Cuando ella pasa, al lado de mi ventana / Mis ojos van detrás de ella hasta ver el final de la calle / Con aire travieso ella camina apresurada / Riendo por todo o por nada, y a veces me sonríe a mí... / Cuando ella pasa, pregonando sus limones / A solas con mis flores, en el hueco de mi ventana / Me quedo pensando que cualquier día, por gracia / Voy a comprar limones a la plaza ¡y después me caso con ella!

Agora choro à vontade

Vê... agora choro á vontade / Falo da minha saudade / Em cada fado que canto / Lê... em cada o meu passado / É condão que tem fado / Dar largas ao nosso pranto / Meu amor perdido á toa / Vai num fado por Lisboa / E eu... a quem o fado não ri / Vou chorando em qualquer fado / Um grande amor que perdi / Vê... a saudade anda comigo / Se já não ando contigo / Tu não sais da minha mente / Lê... nas letras que canto ao fado / A saudade do passado / Onde tu andas presente / Fado que meu peito entoa / Vai comigo por Lisboa / E eu... a quem o fado não ri / Vou chorando em cada fado / Um grande amor que perdi

Ahora lloro a mis anchas 

Mira... ahora lloro a mis anchas / Hablo de mi saudade / En cada fado que canto / Lee en cada uno mi pasado / Es el poder que tiene el fado / dar largas a nuestro llanto / Mi amor perdido ..... / Va en un fado por Lisboa / Y yo... a quien el fado no ríe / Voy llorando en cualquier fado / Un gran amor que perdí / Mira... la saudade va conmigo / Si ya no voy contigo / Tu no sales de mi mente / Lee... en las letras que canto al fado / La saudade le pasado / Donde tú estás presente / Fado que mi pecho entona / Va conmigo por Lisboa / Y yo... a quien el fado no ríe / Voy llorando en cada fado / Un gran amor que perdí

Lisboa à noite

Lisboa adormeceu, já se acenderam / Mil velas, nos altares das colinas / Guitarras pouco a pouco emudeceram / Cerraram-se as janelas pequeninas / Lisboa dorme um sono repousado / Nos braços voluptuosos do seu Tejo / Cobriu a colcha azul do céu estrelado / E a brisa veio a medo, dar-lhe um beijo / Lisboa... andou de lado em lado / Foi ver uma toirada, depois bailou, bebeu / Lisboa... ouviu cantar o fado / Rompia a madrugada quando ela adormeceu / Lisboa não parou a noite inteira / Boémia, estouvada, mas bairrista / Foi á sardinha assada lá na feira / E á segunda sessão duma revista / Dali, p'ro Bairro Alto, enfim galgou / No céu, a lua cheia refulgia / Ouviu cantar o fado, e então sonhou / Que era a saudade aquela voz que ouvia

Lisboa de noche

Lisboa se adormeció, ya se encendieron / Mil velas en los altares de las colinas / Las guitarras poco a poco enmudecieron / Se cerraron las ventanas pequeñitas / Lisboa duerme un sueño reposado / En los brazos voluptuosos de su Tajo / Cubrió la colcha azul del cielo estrellado / Y la brisa vino con miedo a darle un beso / Lisboa fue de un lado a otro / Fue a ver una corrida, después bailó, bebió / Lisboa escuchó cantar fado / Rompía la madrugada cuando ella se adormeció / Lisboa no paró en toda la noche / Bohemia, alocada, pero de barrio / Fue a comer sardinas asadas en la feria / Y a la segunda sesión de una revista / Y de allí al Barrio Alto dando saltitos / En el cielo refulgía la luna llena / Escuchó cantar fado y entonces soñó / Que era la saudade aquella voz que oía

Procuro e não te encontro

Procuro e não te encontro / Não paro, nem volto atrás / Eu sei, dizem todos que é loucura / Eu andar à tua procura / Sabendo bem onde tu estás! / Procuro e não te encontro / Procuro nem sei o quê! / Só sei, que por vezes ficamos frente a frente / E ao ver-te ali finalmente / Procuro, mas não te encontro! / Preferes a outra e queres / Que eu nunca, vá ter contigo / Por isso, tenho um caminho marcado / E vou procurar-te ao passado / Para lembrar o amor antigo / Procuro e não te encontro / Procuro, nem sei o quê / Só sei, que por vezes ficamos frente a frente / E ao ver-te ali finalmente / Procuro, mas... não te encontro!

Busco y no te encuentro

Busco y no te encuentro / No me detengo, ni vuelvo atrás / Yo sé, lo dicen todos, que es locura / Que ande buscándote / ¡Sabiendo bien donde estás tú! / Te busco y no te encuentro / Busco y no sé qué / Sólo sé que a veces estamos frente a frente / Y al verte allí, finalmente / Busco, pero no te encuentro / Prefieres a otra y quieres / Que yo nunca tenga nada contigo / Por eso tengo el camino escrito / Y voy a buscarte al pasado / Para recordar al amigo antiguo / Te busco y no te encuentro / Busco y no sé qué / Sólo sé que a veces estamos frente a frente / Y al verte allí, finalmente / Busco, pero... ¡no te encuentro!

Fado da sina

Reza-te a sina nas linhas traçadas na palma da mão / Que duas vidas se encontram cruzadas no teu coração / Sinal de amargura, de dor e tortura, de esperança perdida / Indício marcado, de amor destroçado na linha da vida / E mais te reza na linha do amor que terás de sofrer / O desencanto ou leve dispor de uma outra mulher / Já que a má sorte assim quis, a tua sina te diz / Que até morrer terás de ser sempre infeliz / Não podes fugir ao negro fado brutal / Ao teu destino fatal que uma má estrela domina / Tu podes mentir às leis do teu coração / Mas ai... quer queiras quer não / Tens de cumprir a tua sina / Cruzando a estrada da linha da vida traçada na mão / Tens uma cruz, a afeição mal contida que foi uma ilusão / Amor que em segredo, nasceu quase a medo, p'ra teu sofrimento / E foi essa imagem a grata miragem do teu pensamento / E mais ainda te reza o destino que tens de amargar / Que a tua estrela de brilho divino, deixou de brilhar / Estrela que Deus te marcou, mas que bem pouco brilhou / E cuja luz aos pés da cruz já se apagou

Fado del destino

Reza tu destino en las líneas marcadas en la palma de tu mano / Que dos vidas se encuentran cruzadas en tu corazón / Señal de amargura, do dolor y tortura, de esperanza perdida / Indicio marcado de amor destrozado en la línea de la vida / Y aún más reza en tu línea del amor que tendrás que sufrir / El desencanto o el ligero disponer de otra mujer / Ya que la mala suerte lo quiso así, tu destino te dice / Que hasta que mueras tendrás que ser siempre infeliz / No puedes huir al negro fado brutal / A tu destino fatal que una mala estrella domina / Tu puedes mentirle a las leyes de tu corazón / Pero ay, quieras lo que quieras o no quieras / Tienes que cumplir tu destino / Cruzando el camino de la línea de la vida trazada en tu mano / Tienes una cruz, el amor mal contenido que fue una ilusión / Amor que en secreto nació casi con miedo, para tu sufrimiento / Y fue esa imagen el grato reflejo de tu pensamiento / Y aún más reza tu destino que has de sentir amargura / Que tu estrella de brillo divino dejó de brillar / Estrella que Dios te destinó, pero que bien poco brilló / Y cuya luz, a los pies de la cruz, ya se apagó

Nem às paredes confesso

Não queiras gostar de mim / Sem que eu te peça / Nem me dês nada que ao fim / Eu não mereça / Vê se me deitas depois / Culpas no rosto / Isto é sincero / Porque não quero / Dar-te um desgosto / De quem eu gosto / Nem às paredes confesso / E até aposto / Que não gosto de ninguém / Podes sorrir / Podes mentir / Podes chorar também / De quem eu gosto / Nem às paredes confesso / Quem sabe se te esqueci / Ou se te quero / Quem sabe até se é por ti / Por quem eu espero / Se gosto ou não afinal / Isso é comigo / Mesmo que penses / Que me convences / Nada te digo / De quem eu gosto / Nem às paredes confesso / E até aposto / Que não gosto de ninguém / Podes sorrir / Podes mentir / Podes chorar também / De quem eu gosto / Nem às paredes confesso

Ni a las paredes confieso 

No quieras que yo te guste / Sin que yo te lo pida / Ni me des nada que al final / Yo no merezca / Mira si me vas a dejar después / Culpas en el rostro / Esto es sincero / Porque no quiero / Darte un disgusto / Quien a mí me gusta / Ni a las paredes se lo confieso / Y hasta apuesto / Que nadie me gusta / Puedes sonreír / Puedes mentir / Puedes llorar también / Quien a mí me gusta / Ni a las paredes se lo confieso / Quién sabe si te olvidé / O si te quiero / Quién sabe hasta si es por ti / Por quien yo espero / Si me gustas o no, al final / Es algo que va conmigo / Aunque pienses / Que me convences / Nada te digo / Quien a mí me gusta / Ni a las paredes se lo confieso / Y hasta apuesto / Que nadie me gusta / Puedes sonreír / Puedes mentir / Puedes llorar también / Quien a mí me gusta / Ni a las paredes se lo confieso

Gaivota

Se uma gaivota viesse / Trazer-me o céu de Lisboa / No desenho que fizesse / Nesse céu onde o olhar / É uma asa que não voa / Esmorece e cai no mar / Que perfeito coração / No meu peito bateria / Meu amor na tua mão / Nessa mão onde cabia / Perfeito o meu coração / Se um português marinheiro / Dos sete mares andarilho / Fosse quem sabe o primeiro / A contar-me o que inventasse / Se um olhar de novo brilho / No meu olhar se enlaçasse / Que perfeito coração / No meu peito bateria / Meu amor na tua mão / Nessa mão onde cabia / Perfeito o meu coração / Se ao dizer adeus à vida / As aves todas do céu / Me dessem na despedida / O teu olhar derradeiro / Esse olhar que era só teu / Amor que foste o primeiro / Que perfeito coração / Morreria no meu peito / Meu amor na tua mão / Nessa mão onde perfeito / Bateu o meu coração

Gaviota

Si viniese una gaviota / A traerme el cielo de Lisboa / Y en el dibujo que hiciese / En ese cielo donde la mirada / Es un ala que no vuela / Se desmaya y cae al mar / Qué perfecto corazón / En mi pecho latiría / Mi amor, en tu mano/ En esa mano donde cabía / Perfecto mi corazón / Si un marinero portugués / Navegante de los siete mares / Fuese quien sabe el primero / Quien me contase lo que inventara / Si una mirada de nuevo brillo / A mi mirada se enlazase / Qué perfecto corazón / En mi pecho latiría / Mi amor, en tu mano/ En esa mano donde cabía / Perfecto mi corazón / Si al decir adiós a la vida / Todas las aves del cielo / Me diesen en la despedida / Tu última mirada / esa mirada que era sólo tuya / Amor que fuiste el primero / Qué perfecto corazón / Moriría en mi pecho / Mi amor, en tu mano / En esa mano donde perfecto / Latía mi corazón

O namorico da Rita

No mercado da Ribeira / Há um romance de amor / Entre a Rita que é peixeira / E o Chico que é pescador / Sabem todos que lá vão / Que a Rita gosta do Chico / Só a mãe dela é que não / Consente no namorico / Quando ele passa por ela / Ela sorri descarada / Porém o Chico à cautela / não dá trela nem diz nada / Que a mãe dela quando calha / Ao ver que o Chico se abeira / Por dá cá aquela palha / Faz tremer toda a Ribeira / Namoram de manhãzinha / E da forma mais diversa / Dois caixotes de sardinha / São dois dedos de conversa / E há quem diga à boca cheia / Que depois de tanta fita / O Chico de volta e meia / Prega dois beijos na Rita

El amorío de Rita

En el mercado de Ribeira / Hay un romance de amor / Entre Rita que es pescadera / Y Chico que es pescador / Saben todos los que allí van / Que a Rita le gusta Chico / Sólo es la madre de ella quien no / Consiente el amorío / Cuando él pasa junto a ella / Ella sonríe descarada / Aunque Chico por cautela / Ni conversa ni dice nada / Pues la madre de ella cuando se presenta la ocasión / Al ver que Chico se acerca / Sin motivo alguno / Hace temblar toda Ribeira / Se enamoran de mañanita / De las formas más diversas / Dos cajones de sardinas / Son dos instantes de conversación / Y hay a quien se le llena la boca diciendo / Que después de tanto disimulo / Chico se da vuelta y media / Le da dos besos a Rita

Há festa na Mouraria

Há festa na Mouraria / É dia da procissão / Da Senhora da Saúde / Até a Rosa Maria / Da Rua do Capelão / Parece que tem virtude / Colchas ricas nas janelas / Pétalas soltas no chão / Almas crentes, povo rude / Anda a fé pelas vielas / É dia da procissão / Da Senhora da Saúde / Após um curto rumor / Profundo silêncio pesa / Por sobre o Largo da Guia / Passa a Virgem no andor / Tudo se ajoelha e reza / Até a Rosa Maria / Como que petrificada / Em fervorosa oração / É tal a sua atitude / Que a rosa já desfolhada / Da Rua do Capelão / Parece que tem virtude

Hay fiesta en Mouraria 

Hay fiesta en Mouraria / Es día de procesión / De la Señora de la Salud / Y hasta Rosa María / De la Calle Capelão / Parece tener virtud / Colchas ricas en las ventanas / Pétalos sueltos en el suelo / Almas creyentes, pueblo rudo / Va la fe por las callejuelas / Es día de procesión / De la Señora de la Salud / Después de un breve rumor / Profundo silencio pesa / Por el Largo da Guia / Pasa la Virgen en sus andas / Todo se arrodilla y reza / Hasta Rosa María / Como si estuviese petrificada / En fervorosa oración / Es tal su actitud / Que la rosa ya deshojada / De la Calle del Capelão / Parece tener virtud

Amor!

Eu quero amar, amar perdidamente / Amar só por amar aqui e além / Mais este aquele o outro e toda a gente / Amar, amar, e não amar ninguém / Recordar esquecer indiferente / Prender ou desprender é mal é bem / Quem disser que se pode amar alguém / Durante a vida inteira, é porque mente / Há uma primavera em cada vida / É preciso cantá-la assim florida / Pois se Deus nos deu voz foi p'ra cantar / E se um dia hei-de ser pó cinza e nada / Que seja a minha noite uma alvorada / Que me saiba perder p'ra me encontrar

¡Amor!

Yo quiero amar, amar perdidamente / Amar sólo por amar aquí y allá / Amar a este, a aquel, al otro y a toda la gente / Amar, amar, y no amar a nadie / Recordar olvidar indiferente / Prender y desprender está mal y está bien / Quien diga que se puede amar a alguien / Durante la vida entera, es porque miente / Hay una primavera en cada vida / Y es necesario cantarla así, florida / Pues si Dios nos dio voz fue para cantar / Y si un día seré polvo, ceniza y nada / Que mi noche sea un amanecer / Que sepa perderme para encontrarme

¡Crea tu página web gratis! Esta página web fue creada con Webnode. Crea tu propia web gratis hoy mismo! Comenzar