Katia Guerreiro - Tudo ou nada (2005)


Tudo ou nada (2005)

​1. Disse-te adeus à partida / 2. Despedida / 3. Ser tudo ou nada / 4. Muda tudo, até o mundo / 5. Minha Senhora das Dores / 6. Canto da fantasia / 7. Vaga / 8. Dulce caravela / 9. Quando / 10. Menina do alto da Serra / 11. Saudades do Brasil em Portugal / 12. O meu navio / 13. Talvez não saibas / 14. Tenho uma saia rodada 

Disse-te adeus à partida

Disse-te adeus á partida / Digo-te adeus á chegada / Se quero tudo na vida / Já de ti, não quero nada / Se quero tudo na vida / Já de ti, não quero nada / Disse-te adeus e depois / Fiquei no mesmo lugar / No leito de nós os dois / Só tem raízes no meio / No leito de nós os dois / Só tem raízes no meio / Dizer adeus é diferente / Quando te digo baixinho / No meio de tanta gente / É que me sinto sozinho / No meio de tanta gente / É que me sinto sozinho / Como a gaivota na voz / Disse-te adeus e parti / Se esta cama somos nós / Não hei de morrer sem ti / Se esta cama somos nós / Não hei de morrer sem ti

Te dije adiós a la partida 

Te dije adiós a la partida / Te dije adiós a la llegada / Si quiero todo en la vida / Ya de ti no quiero nada / Si quiero todo en la vida / Ya de ti no quiero nada / Te dije adiós y después / Me quedé en el mismo lugar / En el lecho de nosotros dos / Sólo tiene raíces en el medio / En el lecho de nosotros dos / Sólo tiene raíces en el medio / Decir adiós es diferente / Cuando te dijo bajito / En medio de tanta gente / Y que me siento muy solo / En medio de tanta gente / Y que me siento muy solo / En medio de tanta gente / Como la gaviota en la voz / Te dije adiós y partí / Si esta cama somos nosotros / No he de morir sin ti / Si esta cama somos nosotros / No he de morir sin ti

Despedida

Um dia, quando isso for / Deixar o teu corpo em flor / E se aproximar do fim / Queria partir, sem te ver / Sentir o mundo morrer / Lá longe, dentro de mim / Depois, em vez de esquecer-te / Tornar em sonhos, rever-te / Lá longe, na solidão / De ver-te sozinho assim / Ver-te só dentro de mim / Dentro do meu coração / É que não posso partir / Sem me partir dos teus olhos / Antes do adeus derradeiro / É que partir sem te ver / É duas vezes morrer / De alma e de corpo inteiro

Despedida 

Un día, cuando eso sea / Deja tu cuerpo en flor / Y cuando se aproxime el fin / Querré partir sin verte / Sentir el mundo morir / Allí lejos, dentro de mí / Después, en vez de olvidarte / Convertir en sueños, volver a verte / Allí lejos, en la soledad / De verte solito así / Verte sólo dentro de mí / Dentro de mi corazón / Es que no puedo partir / Sin partir desde tus ojos / Antes del último adiós / Es que partir sin verte / Es morir dos veces / De alma y de cuerpo enteros

Ser tudo ou nada

Deixa-me olhar / Por dentro do teu olhar / E abrir de par em par / Nossa janela ao destino / E quando entrar / Sempre em cada momento / Vão ouvir a voz do vento / Partiremos sem pensar / Nesse lugar / Seja lá onde for / Vou fazer do nosso amor / Mil versos p'ra te cantar / Quero viver / Por dentro dos teus sentidos / Mesmo em sonhos proibidos / Descobrir a realidade / Ser tudo ou nada / Mas sempre contigo ao lado / Porque me dás este fado / De viver a felicidade / Pois nesta vida / Que Deus nos deu p'ra viver / Tudo pode acontecer / Sem nunca haver despedida / Ser tudo ou nada / Mas sempre contigo ao lado / Porque me dás este fado / De viver a felicidade / Pois nesta vida / Que Deus nos deu p'ra viver / Tudo pode acontecer / Sem nunca haver despedida

Ser todo o nada

Déjame mirar / Por dentro de tu mirar / Y abrir de par en par / Nuestra ventana al destino / Y al entrar / Siempre en cada momento / Van a oír la voz de dentro / Partiremos sin pensar / En ese lugar / Sea allá donde sea / Voy a hacer de nuestro amor / Mil versos para cantarte / Quiero vivir / Por dentro de tus sentidos / Incluso en sueños prohibidos / Descubrir la realidad / Ser todo o nada / Pero siempre contigo al lado / Porque me das este fado / De vivir la felicidad / Pues en esta vida / Que Dios nos dio para vivir / Todo puede suceder / Sin que haya nunca despedida / Ser todo o nada / Pero siempre contigo al lado / Porque me das este fado / De vivir la felicidad / Pues en esta vida / Que Dios nos dio para vivir / Todo puede suceder / Sin que haya nunca despedida

Muda tudo, até o mundo

É por amor que se aceita e também se diz que não / Só por amor se rejeita outro amor outra paixão / É por amor que se cai, ou se vence ou se resiste / Por amor nada nos dói, por ele não se desiste / É por amor que nos damos a quem não gosta de nós / É por amor que cantamos até já não termos voz / É por amor que se aposta toda a vida num segundo / Porque quando a gente gosta muda tudo até o mundo

Cambia todo, hasta el mundo

Es por amor que se acepta y también se dice que no / Sólo por amor se rechaza otro amor, otra pasión / Es por amor que se cae, o se vence o se resiste / Por amor nada nos duele, por él no se desiste / Es por amor que nos entregamos a quien no le gustamos / Es por amor que cantamos hasta ya no tener voz / Es por amor que se apuesta toda la vida en un segundo / Porque cuando alguien nos gusta cambia todo, hasta el mundo

Minha Senhora das Dores

Minha Senhora das Dores / A dor que por mim sentiste / É dor que ainda persiste / Em cada dos teus favores / Teus lábios tecem louvores / Louvores que eu pouco mereço / E é maldade que te ofereço / Ofensas e dissabores / Senhora trocas amores / Pelos meus carinhos pardos / Pois são espinhos e são cardos / Que eu troco p'las tuas flores / Num cortejo de mil cores / É o céu que de ti vem / Ó senhora minha mãe / Minha Senhora das Dores

Mi Señora de los Dolores 

Mi Señora de los Dolores / El dolor que por mí sentiste / Es dolor que aún persiste / En cada uno de tus favores / Tus labios tejen elogios / Elogios que poco merezco / Y es la maldad que te ofrezco / Ofensas y sin sabores / Señora cambias amores / Por mis cariños pardos / Pues son espinos y cardos / Que yo cambio por tus flores / En un cortejo de mil colores / Y el cielo que de ti viene / Oh, Señora Madre mía / Mi Señora de los Dolores

Canto da fantasia

Como o grito de quem nasce num instante / Foi de negro que vieste, meu amante / Foi de negro como a noite desse dia / Foi de pranto dessa boca a gargalhada / O sorriso que é a morte anunciada / Do Carnaval do amor, a fantasia / Depois foi o canto, a romaria / As festas da Senhora da Agonia / E tudo o que sonhei por seres quem és / Os beijos que inventei na tua boca / Os gemidos a rasgar a tua roupa / Os meus lábios a beberem as marés / Por isso eu te digo meu senhor / Que esta fala não é pranto, não é dor / Nem vontade de prender ou de largar / É mostrar que sei de ti o que é preciso / P'ra transformar por fim num claro riso / Toda a cor que sei de cor do teu olhar

Canto de la fantasia 

Como el grito de quien nace en un instante / Fue de negro que viniste, mi amante / Fue de negro como la noche de ese día / Fue de llanto de esa boca en un aullido / El sonriso que es la muerte anunciada / Del carnaval del amor, la fantasía / Después fue el canto, la romería / Las fiestas de la Señora de la Agonía / Y todo lo que soñé por ser quien eres / Los besos que inventé en tu boca / Los gemidos al rasgar tu ropa / Mis labios cuando bebemos las mareas / Por eso yo te digo, mi señor / Que este habla no es llanto, no es dolor / Ni deseo de retener o de dejar / Es mostrar que sé de ti lo que es preciso / Para transformar por fin en clara risa / Todo el color que de memoria sé de tu mirar

Vaga

Nas sombras móveis de um luar de transparências / Eu vejo clara a face negra dos meus versos / Cortando acesa o mar sereno de aparências / Abrindo a peito um véu repleto de mistérios / Liberta o tempo das amarras de veludo / Escorre solta a vaga cheia dos meus medos / De instantes breves foi marcado este futuro / De sobra a vida naufragada nos rochedos / Desfraldo então aberta a vela da loucura / Que embala em troca o escaler da liberdade / E a vida grande que era a causa da procura / Sagrou-se espera, desalento, realidade / Por isso o grito em carta aberta, em prosa dura / Que vai nascendo aqui à sombra deste fado / É uma vaga que me deixa a alma nua / E só a prende por um fio ao meu cansaço

Ola

En las sombras móviles de una luz de luna de transparencias / Yo veo clara la negra faz de mis versos / Cortando encendida el mar sereno de apariencias / Abriendo al pecho un velo de misterios / Libera el tiempo de las amarras de terciopelo / Discurre suelta la ola llena de mis miedos / De instantes breves fue marcado este futuro / De sobra la vida naufragada en roquedales / Suelto entonces abierta la vela de la locura / Que envuelve a cambio la barca de la libertad / Y la vida grande que era la causa de la búsqueda / Se consagró la espera, desaliento, realidad / Por eso el grito en carta abierta, en prosa dura / Que va naciendo aquí a la sombra de este fado / Es una ola que me deja el alma desnuda / Y sólo la prende por un hilo a mi cansancio

Dulce caravela

De mansas vestes roçava ao de leve / Como brisa desprendia a minha saia / De tão parada nem valsava, nem ventava nada / Nem ninguém já rodopiava / Ai caravela desfraldada / Sem tua cruz por céu / Vai e navega e nos entrega ao porto teu / Saudade leva-o no vento / E ao teu nome quem lamento todas as noites eu canto / E agora, soubera eu outro pranto / Ó singela caravela leva o meu peito no mar

Dulce carabela

Con suavidad rozaba mi ropa levemente / Como brisa desprendía mi falda / De tan parada ni bailaba un vals, ni soplaba nada / Ni nadie ya rodaba / Ay, carabela desplegada / Sin tu cruz por el cielo / Ve y navega y nos entrega a tu puerto / la saudade lo lleva en el viento / Y a tu nombre que lamento todas las noches le canto / Y ahora, si supiera yo otro llanto / Ay, carabela solitaria lleva mi pecho al mar

Quando

Quando o meu corpo apodrecer e eu for morta / Continuará o jardim, o céu e o mar / E como hoje igualmente hão-de bailar / As quatro estações à minha porta / Outros em Abril passarão no pomar / Em que eu tantas vezes passei / Haverá longos poentes sobre o mar / Outros amarão as coisas que eu amei / Será o mesmo brilho a mesma festa / Será o mesmo jardim à minha porta / E os cabelos doirados da floresta / Como se eu não estivesse morta / E os cabelos doirados da floresta / Como se eu não estivesse morta / E os cabelos doirados da floresta / Como se eu não estivesse morta

Cuando

Cuando mi cuerpo se pudra y yo esté muerta / Continuarán el jardín, el cielo, el mar / Y como hoy igualmente bailarán / Las cuatro estaciones a mi puerta / Otros en abril pasarán al pomar / Al que yo tantas veces pasé / Habrá largos puentes sobre el mar / Otros amarán las cosas que yo amé / Habrá el mismo brillo, la misma fiesta / Estará el mismo jardín a mi puerta / Y los cabellos dorados de la floresta / Como si yo no estuviese muerta / Y los cabellos dorados de la floresta / Como si yo no estuviese muerta / Y los cabellos dorados de la floresta / Como si yo no estuviese muerta

Saudades do Brasil em Portugal

O sal das minhas lágrimas de amor criou o mar / Que existe entre nós dois, p'ra nos unir e separar / Pudesse eu te dizer da dôr que dói dentro de mim / Que mói meu coração, nesta paixão que não tem fim / Ausência tão cruel, saudade tão fatal / Saudades do Brasil em Portugal / Meu bem / Sempre que ouvires um lamento / Crescer desolador na voz do vento / Sou eu em solidão pensando em ti / Chorando todo o tempo que perdi

Saudades de Brasil em Portugal 

La sal de mis lágrimas de amor creó el mar / Que existe entre nosotros dos, para unirnos y separarnos / Si te pudiese decir el dolor que duele dentro de mí / Que muele mi corazón, en esta pasión que no tiene fin / Ausencia tan cruel, saudade tan fatal / Saudades de Brasil en Portugal / Mi bien / Siempre que escuches un lamento / Creciendo desolador en la voz del viento / Soy yo en soledad pensando en ti / Llorando todo el tiempo que perdí

O meu navio

Como fragata avança em desafio / Assim enfrento hoje a tempestade / Cortando o mar, que louco em desvario / Me tenta naufragar nesta saudade / Vento que negro corre e se levanta / Rasgando o céu aberto á sua volta / E o meu navio, coragem que se lança / De frente ao mar inteiro da revolta / Do meu sentir me sai este cantar / Vagante no silêncio mais fechado / Saudade-mãe, raíz do meu sonhar / Certeza que nascendo se faz fado / A tanto mar, a tanto desvario / Que cresce e agiganta num bailado / Olhar sereno oponho em desafio / Certeza que nascendo se faz fado

Mi navío

Como la fragata avanza en desafío / Así me enfrento hoy a la tempestad / Cortando el mar, que loco en desvarío / Me hace intentar que naufrague en esta saudade / Viento que corre negro y se levanta / Rasgando el cielo abierto a su vuelta / Y mi navío, coraje que se lanza / De frente al mar entero de la revuelta / De mi sentir me sale este cantar / Deambulando por el silencio más cerrado / Saudade-madre, raíz de mi soñar / certeza que naciendo se hace fado / A tanto mar, a tanto desvarío / Que crece y se agiganta en una danza / Mirada serena que opongo en desafío / Certeza que naciendo se hace fado

Talvez não saibas

Talvez não saibas / Mas dormes nos meus dedos / De onde fazem ninhos as andorinhas / E crescem frutos ruivos e há segredos / Das mais pequenas coisas que são minhas / Talvez tu não conheças mas existe / Um bosque de folhagem permanente / Aonde não te encontro e fico triste / Mas só de te buscar fico contente / Ao meu amor quem sabe se tu sabes / Sequer, se em ti existe, ou só demora / Ou são como as palavras essas aves / Que cantam o teu nome e a toda a hora / Ao meu amor quem sabe se tu sabes / Sequer, se em ti existe, ou só demora / Ou são como as palavras essas aves / Que cantam o teu nome e a toda a hora / Talvez não saibas mas digo que te amo / E construir o mar em nossa casa / Que é por ti que pergunto e por ti chamo / Se a noite estende em mim a sua asa / Talvez não compreendas, mas o vento / Anda a espalhar em ti os meus recados / E que há por do sol no pensamento / Quando os dias são azuis e perfumados / Oh meu amor quem sabe se tu sabes / Sequer, se em ti existe, ou só demora / Ou são como as palavras essas aves / Que cantam o teu nome e a toda a hora / Oh meu amor quem sabe se tu sabes / Sequer, se em ti existe, ou só demora / Ou são como as palavras essas aves / Que cantam o teu nome e a toda a hora

Tal vez no lo sepas 

Tal vez no lo sepas / Pero duermes en mis dedos / De donde hacen nidos las golondrinas / Y crecen frutos granas y hay secretos / De las cosas más pequeñas que son mías / Tal vez tú no lo sepas, pero existes / un bosque de follaje permanente / Donde no te encuentro y me quedo triste / Pero sólo por buscarte me encuentro contenta / A mi amor quién sabe si tu sabes / Siquiera, si en ti existe, o sólo se demora / O son como las palabras esas aves / Que cantan tu nombre a todas horas / A mi amor quién sabe si tu sabes / Siquiera, si en ti existe, o sólo se demora / O son como las palabras esas aves / Que cantan tu nombre a todas horas / Tal vez no lo sepas, pero digo que te amo / Y construyo el mar en nuestra casa / Que es por ti que pregunto y por ti llamo / Si la noche extiende sobre mí su ala / Tal vez no lo comprendas, pero el viento / Esta repartiéndote mis recados / Y que hay puesta de sol en el pensamiento / Cuando los días son azules y perfumados / Ay, amor mío, quién sabe si tú sabes / Siquiera, si en ti existe, o sólo se demora / O son como las palabras esas aves / Que cantan tu nombre a todas horas

Tenho uma saia rodada

Meu amor deu-me uma saia / Que é da cor do açafrão / É uma saia rodada / Tem uma barra bordada / Ai em forma de um coração / É uma saia das sete / Que me deu p'ra eu cantar / Cada qual tem sua cor / Do vermelho do amor / Ao verde da cor do mar / Mas a que uso mais vezes / É negra de cetim / É a que condiz comigo / Quando não estou contigo / Ui e tu estás longe de mim / Meu amor deu-me uma saia / Que é da cor do açafrão / É uma saia rodada / Tem uma barra bordada / Ai em forma de um coração / É uma saia rodada / Ai em forma de um coração

Tengo una falda de vuelo

Mi amor me regaló una falda / Del color del azafrán / Es una falda de vuelo / Tiene una franja bordada / Ay, en forma de corazón / Es una de las siete sayas / Que me dio para que cante / Cada una tiene su color / Desde el rojo del amor / Al color verde del mar / Pero la que uso más veces / Es la negra de satén / Es la que coincide conmigo / Cuando no estoy contigo / Ay, tú estás lejos de mí / Mi amor me regaló una falda / Del color del azafrán / Es una falda de vuelo / Tiene una franja bordada / Ay, en forma de corazón / Tiene una franja bordada / Ay, en forma de corazón

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