Mariza - Mariza (2018)
Mariza
Trigueirinha / Quem Me Dera / Amor Perfeito / Oração / Sou (Rochedo) / É Mentira / Semente Viva (feat. Jaques Morelenbaum) / Por Tanto Te Amar / Nosso Tempo / Verde Limão / Quebranto / Oi Nha Mãe / Fado Errado (feat. Maria Da Fé) / Fado Refúgio / Trigueirinha (feat. Carolina Deslandes, Jorge Palma, Mafalda Veiga, Marisa Liz, Ricardo Ribeiro & Tim)
Trigueirinha
Trigueirinha de olhos verdes / Vê lá se perdes, teu ar trocista / Com tua graça travessa / Perde a cabeça, qualquer fadista / Se és cantadeira de brio / Vem cantar ao desafio, mas toma tino / Não dês um passo mal dado / Porque o teu xaile traçado / Já traçou o meu destino / Bate o fado Trigueirinha / Dá-me agora a tua mão / Trigueirinha acerta o passo / No bater do coração / Atira-me uma cantiga de amor / Que diga coisas do fado / Uma cigana que amava / Como eu gostava, de ser amado / Ao trinar desta guitarra / Se desfez aquela amarra / Que nos prendeu / Que triste fado afinal / Tu é que fizeste o mal / E quem o paga sou eu / Bate o fado trigueirinha / Dá-me agora a tua mão / Trigueirinha acerta o passo / No bater do coração
Triguerita
Triguerita de ojos verdes / A ver si pierdes tu aire burlón / Con tu gracia traviesa / Pierde la cabeza cualquier fadista / Si eres cantora de brío / Ven a cantar al desafío, pero sé juiciosa / No des un paso mal dado / Porque tu chal cruzado / Se ha cruzado en mi destino / Dale al fado, triguerita / Dame ahora tu mano / Triguerita, acierta el paso / Al latir del corazón / Lánzame una cantiga de amor / Que diga cosas de fado / Una gitana que amaba / Como me gustaría ser amado / Al trinar de esta guitarra / Se deshace aquella amarra / Que nos prendió / Qué triste fado al final / Eres tú quien hizo el mal / Y quien lo paga soy yo / Dale al fado, triguerita / Dame ahora tu mano / Triguerita, acierta el paso / Al latir del corazón
Quem Me Dera
Que mais tem de acontecer no
mundo / Para inverter o teu coração pra mim / Que quantidade de lágrimas devo
deixar cair / Que flor tem que nascer / Para ganhar o teu amor / Por esse amor
meu Deus / Eu faço tudo / Declamo os poemas mais lindos do universo / A ver se
te convenço / Que a minha alma nasceu para ti / Será preciso um milagre / Para
que o meu coração se alegre / Juro não vou desistir / Faça chuva faça sol / Porque
eu preciso de ti para seguir / Quem me dera / Abraçar-te no outono, verão e
primavera / Quiçá viver além uma quimera / Herdar a sorte e ganhar teu coração
/ Será preciso uma tempestade / Para perceberes que o meu amor é de verdade / Te
procuro nos outdoors da cidade, nas luzes dos faróis / Nos meros mortais como
nós / O meu amor é puro é tão grande e resistente como embondeiro / Por ti eu
vou onde nunca iria / Por ti eu sou o que nunca seria / Quem me dera / Abraçar-te
no outono, verão e primavera / Quiçá viver além uma quimera / Herdar a sorte e
ganhar teu coração
Ojalá pudiera
Qué más tiene que suceder en el mundo / Para volver tu
corazón hacia mí / Qué cantidad de lágrimas debo dejar caer / Qué flor tiene
que nacer / Para ganarme tu amor / Por ese amor, Dios mío / Lo hago todo /
Recito los poemas más bellos del universo / A ver si te convenzo / De que mi
alma nació para ti / Será necesario un milagro / Para que mi corazón se alegre
/ Juro que no voy a desistir / Haga lluvia o haga sol / Porque yo te necesito
para seguir / Ojalá pudiera / Abrazarte en otoño, verano y primavera / Quizás
vivir más allá de una quimera / Heredar
la suerte y ganar tu corazón / Será necesaria una tempestad / Para que te des
cuenta de que mi amor es de verdad / Te busco en el exterior de la ciudad, en
la luz de los faroles / En los meros mortales como nosotros / Mi amor es puro y
tan grande como un baobab / Por ti voy donde nunca iría / Por ti soy quien
nunca sería / Ojalá pudiera / Abrazarte en otoño, verano y primavera / Quizás
vivir más allá de una quimera / Heredar
la suerte y ganar tu corazón
Amor perfeito
Eu
ouço as marchas de São João / E o coro negro que me traz tanta emoção / Na rua
a amargura calou a voz / Só resta entanto, um quanto espanto / Que me faz
erguer a voz dos meus avós / Daquilo que era, que sempre será / Mais do que o
fogo que arde sem se ver / Mais que a palavra que o mundo faz esquecer / Mais
que o ciúme que a terra conheceu / Amor perfeito, quem será que o entendeu / Olhai
o triunfante trovador / Cantar o seu romance, o seu esplendor / É sol de pouca
dura, dá luz sem cor / Pois falta entanto, um quanto espanto / Que me faz
erguer a voz dos meus avós / Daquilo que era e sempre será
Amor perfecto
Oigo las marchas de San Juan / Y
el coro negro que me trae tanta emoción / En la calle la amargura acalló la voz
/ Sólo queda, no obstante, cierto asombro / Que me lleva a alzar la voz de mis
abuelos / De lo que era, que siempre será / Más que el fuego que arde sin ser
visto / Más que la palabra que el mundo hace olvidar / Más que la envidia que
la tierra conoció / Amor perfecto, ¿quién lo habrá entendido? / Mirad al
triunfante trovador / Cantar su romance, su esplendor / Es sol de corta
duración, da luz sin color / Ya que falta, no obstante, cierto asombro / Que me
lleva a alzar la voz de mis abuelos / De lo que era y siempre será
Oração
Triste e só anda meu coração /
Como anda a folha perdida no vento / Procuro caminho nesta escuridão / Procuro
a luz no pensamento / Busco a perdida oração / Que minha mãe me ensinou / Quero
gritar a verdade / Quero gritar a verdade / Mas o vento me calou / Pareço a
madrugada molhada e fria / Que vagueia como louca pela cidade / Nada me aquece
a alma vazia / Estou sem tempo mas com idade
Oración
Triste y solo anda mi corazón / Como anda la hoja perdida en el viento / Busco camino en esta oscuridad / Busco la luz en el pensamiento / Busco la perdida oración / Que mi madre me enseñó / Quiero gritar la verdad / Quiero gritar la verdad / Pero el viento me calló / Parezco la madrugada mojada y fría / Que vaga como loca por la ciudad / Nada me calienta el alma vacía / Estoy sin tiempo, pero con edad /
Sou (Rochedo)
Sou
pálido som / Que perde o dom / Ao ser cantado / Sou o escuro inteiro / Do
candeeiro / Mais que apagado / E ouve-se o Fado / Sou um rochedo em mar revolto
/ Um lamento que ora solto / Queima-me os lábios / Sou um olhar que busca a
sorte / Que segue a estrela do norte / P'los astrolábios / Sou a mão que
investe / Um ponto a leste / Por ti marcado / Sou por um instante / A consoante
/ Do verbo errado / E ouve-se o Fado
Soy (Acantilado)
Soy pálido son / Que pierde el don / Al ser cantado / Soy la completa
oscuridad / De la lámpara / Más que apagada / Y se oye el Fado / Soy un
acantilado en mar revuelto / Un lamento que ahora suelto / Me quema los labios
/ Soy una mirada que busca la suerte / Que sigue a la estrella del norte / Por
los astrolabios / Soy la mano que invierte / Un punto al este / Por ti marcado
/ Soy por un instante / La consonancia / Del verbo equivocado / Y se oye el
Fado
É mentira
Se melhor que
niguém me conheces / Porque às falas do mundo dás troco / Sabes tu que ás vezes
pareces / Ser um louco mais louco que um louco / Hora a hora os meus passos
persegues / E se até do que eu sonho dás conta / Não entendo como é que
consegues / Fazer fé da má fé que te afronta / É mentira, mentira, mentira / Se
queres que te diga se juro e rejuro / É mentira, mentira, mentira / Descrer
dessa intriga / É falso é prejuro / As pedradas que o mundo me atira / Hão-de
em telhas de vidro cair / E é mentira, mentira, mentira / Talvez ainda fira / Quem
fere ao mentir / Tanta prova de amor já te dei / Que me custa saber-te
descrente / E magoa saber o que sei / Que te aprás o que diz essa gente / É
inveja, acredita é inveja / Desse amor que me tens e eu te tenho / Se não é eu
não vejo que seja / Acho estranho acredita acho um estranho
Es mentira
Si mejor que nadie me conoces / Por qué das crédito a
las habladurías / Tú sabes que a veces pareces / Ser un loco más loco que un
loco / Hora a hora mis pasos persigues / Y si hasta sabes lo que sueño / No
entiendo cómo consigues / Dar fe de la mala fe que te afrenta / Es mentira,
mentira, mentira / Su quieres que te diga que juro y rejuro / Es mentira,
mentira, mentira / Dudar de esa intriga / Es falso, es perjuro / Las pedradas
que el mundo me tira / Han de caer en tejados de cristal / Y es mentira,
mentira, mentira / Tal vez aún hiera / Quien hiere al mentir / Tanta prueba de
amor ya te di / Que me cuesta saberte dudoso / Y daña saber lo que sé / Que te
place lo que dice esa gente / Es envidia, créeme, es envidia / De ese amor que
me tienes y te tengo / Si no es y no veo que así sea / Me es extraño que creas
en un extraño
Semente viva
Semeei
a sombra de tua lembrança / Que agora me assombra perdida de esperança / Semeei
os sonhos que nós inventamos / Hoje são medonhos, como nós mudamos / O que
aconteceu, o que se passou / Qual de nós morreu, que eu não sei quem sou / Oh
semente viva da minha amargura / Como queres que viva com esta loucura / Na
cama vazia onde enfim, desmaio / Sou a gota fria da chuva de maio / Sou a terra
ausente da semente triste / Do teu corpo quente / Sou a tua idade / Que ainda
persiste na minha saudade / Essa chuva fria nos meus olhos baços / Chorando a
agonia dos nossos cansaços / Somos dois pecados da mesma aventura / Os réus e
culpados dum crime-loucura / Ai como demora o teu doce beijo / Veneno que
outrora foi o meu desejo / Oh semente viva da minha tristeza / Como queres que
viva com esta incerteza / O que aconteceu / O que se passou / Qual de nós
morreu / Que eu não sei quem sou
Simiente viva
Sembré la sombra de tu
recuerdo / Que ahora me asombra perdida de esperanza / Sembré los sueños que
inventamos / Hoy son terribles, cómo cambiamos / Lo que sucedió, lo que pasó / Cuál
de nosotros murió, que no sé quién soy / Oh, simiente viva de mi amargura / Cómo
quieres que viva con esta locura / En la cama vacía donde al fin desmayo / Soy
la gota fría de la lluvia de mayo / Soy la tierra ausente de la simiente triste
/ De tu cuerpo caliente / Soy tu edad / Que todavía persiste en mi nostalgia / Esa
lluvia fría en mis ojos apagados / Llorando la agonía de nuestros cansancios / Somos
dos pecados de la misma aventura / Los reos y culpables de un crimen-locura / Ay,
cuánto tarda tu dulce beso / Veneno que otrora fue mi deseo / Oh, simiente viva
de mi tristeza / Cómo quieres que viva con esta incertidumbre / Lo que sucedió
/ Lo que pasó / Cuál de nosotros murió / Que no sé quién soy
Por tanto te amar
Tentei-te falar do sol que sempre nasce / Do tempo que
correr faz com que a dor passe / Mas nada nos teus olhos brilha / Sobre este
mundo e as suas maravilhas / Tentei-te falar da água das fontes / Deste verde
prado e do cume dos montes / Mas nada no teu corpo acorda / O mundo tem-te numa
corda / Tu queres-te soltar como os navios / Para uma viagem sem regresso /
Falas-me da dor dos dias frios / E do amor que te ardeu o avesso / Tu queres-te
soltar com os navios / Com um adeus e nada a acrescentar / Dos meus olhos
correm mil rios / Mas deixo-te ir por tanto te amar / Tentei-te falar da neve
nas colinas / Do amor que ao chegar faz sorrir as meninas / Mas nada no teu
peito pede / O mundo matou-te de sede / Tentei-te falar das flores lá das ribeiras
/ Dos versos dos cantores e do calor das fogueiras / Mas nada te devolve o
norte / A vida entregou-te a morte
Por amarte tanto
Intenté hablar del sol que siempre nace / Del tiempo que al pasa hace que
el dolor pase / Pero nada brilla en tus ojos / Sobre este mundo y sus
maravillas / Intenté hablar del agua de las fuentes / De este verde prado y de
la cumbre de los montes / Pero en tu cuerpo nada se despierta / El mundo te
tiene encordado / Tú quieres soltarte como los navíos / Para un viaje sin
regreso / Me hablas del color de los días fríos / Y del amor que te quemó al
contrario / Tú quieres soltarte con los navíos / Con un adiós sin nada que añadir
/ De mis ojos corren mil ríos / Pero te dejo ir por tanto que te amo / Intenté
hablarte de la nieve en las colinas / Del amor que al llegar hace sonreír a las
niñas / Pero tu pecho nada pide / El mundo te mató la sed / Intenté hablarte de
las flores de las riberas / De los veros de los cantores y el calor de las
hogueras / Pero nada te devuelve el norte / La vida te entregó a la muerte
Nosso tempo
Noutro
tempo em que nós dois / Demos tudo p'ra ser tanto amor / Não sei como descrever
/ Os teus olhos nos meus / Cansados da partida / Não ficámos pr'a depois / Num
tanto que se desfaz em dor / Há um dia que amanhece / E o coração esquece / A
dor da alma ferida / Não vou fechar-te as mãos nesta alvorada / Num tempo em
que esta dor nos fez amar / Dar voz à tua voz tão magoada / Perdoa meu amor,
quero ficar! / Não vou limpar teus olhos de tristeza / Vou dar-te a minha mão,
vou-te contar / As saudades que tinha na incerteza / De vencer o teu amor e o
teu olhar. / Noutro tempo em que nós dois / Abrimos o coração p'ra ver / As
lembranças que entre nós / Sobraram p'ra dizer / Que o amor nunca morreu. / Ouve
agora a minha voz / Que p'lo teu amor se faz viver / Deixa a noite em nós
nascer / E no meu peito morrer / A dor que em ti viveu.
Nuestro tiempo
En otro tiempo cuando
nosotros dos / Lo dimos todo para ser tanto amor / No sé cómo describirlo. / Tus
ojos en los míos / Cansado del partido / No nos quedamos después de eso. / Que
se desmorona en dolor / Hay un día que amanece / Y el corazón olvida / El dolor
del alma herida / No voy a cerrar tus manos en este amanecer.... / En un
momento en que este dolor nos hacía amar / Dale voz a tu voz tan herida / ¡Perdóname,
mi amor, quiero quedarme! / No te limpiaré los ojos de tristeza. / Te voy a dar
mi mano, te voy a decir / La nostalgia que me perdí en la incertidumbre / Para
superar tu amor y tu mirada. / En otro tiempo cuando nosotros dos / Abrimos
nuestros corazones para ver / Los recuerdos que entre nosotros / Queda
suficiente para decir / Ese amor nunca murió. / Escucha ahora mi voz / Porque
tu amor está hecho para vivir / Que la noche nazca en nosotros / Y en mi pecho
morir / El dolor que vivió en ti.
Verde limão
Ó Luar da meia-noite / Alumia cá
p'ra baixo / Que eu perdi o meu amor / E às escuras não o acho / Ó limão / Ó
verde Limão / Solteirinha sim / Cansadinha não / Os olhos do meu amor / São
grãozinhos de pimenta / Namorei-os na Igreja / Ao tomar da água benta / Ó limão
/ Ó verde Limão / Solteirinha sim / Cansadinha não
Verde limón
Oh, luz de luna de la media noche / Ilumina hacia abajo / Que perdí mi amor
/ Y a oscuras no lo encuentro / Oh, limón / Oh, verde limón / Solterita sí /
Casadita no / Los ojos de mi amor / Son granitos de pimienta / Me enamoré de
ellos en la iglesia / Al coger el agua bendita / Oh, limón / Oh, verde limón /
Solterita sí / Casadita no
Quebranto
Nesse teu olhar timbre de mel / Onde
deito os olhos a perder / Descubro que a querer-se ser fiel / Não depende só de
queremos ser / Desce em mim um silêncio / Um leve quebranto / Que triste paira
no ar / E p'la calada da noite / Me faz voltar / Me faz voltar / Não posso pôr
a mão no pensamento / Reduzi-lo ao fechar da minha mão / Mas sempre a ti
regressa em voo lento / Como te sou fiel, descubro então / Por isso, meu amado
de olhos doces / Onde me traio para te ser fiel / Assim seria, se não fosse / Esse
teu olhar timbre de mel
Quebranto
En ese mirar tuyo de tono miel / Donde dejo que mis ojos se pierdan /
Descubro que querer ser fiel / No depende solo de querer serlo / Baja a mí un
silencio / Un leve quebranto / Que ronda triste en el aire / Y hacia el silencio
de la noche / Me hace volver / Me hace volver / No puedo posar la mano en mi
pensamiento / Lo reduje al cerrar mi mano / Pero siempre regresa a ti en vuelo
lento / Como te soy fiel, descubro entonces / Por eso, mi amado de dulces ojos
/ Donde me engaño para serte fiel / Así sería, si no fuese / Ese mirar tuyo de
tono miel
Oi nha mãe
Oi
nha mãe / Que deste a liberdade / Cala meu chorar / Faz-me nascer outra vez / Cala
também / A dor desta saudade / Deixa-me ficar / A olhar, o teu olhar / Deixa-me
ficar / A olhar, o teu olhar / Eu sou filha da distância / Que o mar da lua tem
/ A rua na minha infância / Foi colo de minha mãe / Busquei vida, cantei morna
/ Na praia de minha dor / Que bom filho a casa torna / Se em casa tiver amor / Sou
da terra das cancões / Do sentir da minha gente / Que em dia de sete sois / O
luar fica mais quente
Hola, madre
Hola, madre / Que me
diste la libertad / Calla mi llanto / Hazme nacer otra vez / Calla también / El
dolor de esta saudade / Déjame quedarme / En la mirada, tu mirada / Déjame
quedarme / En la mirada, tu mirada / Soy hija de la distancia / Que el mar de
la luna tiene / La calle de mi infancia / Fue el regazo de mi madre / Busqué en
la vida, canté tierna / En la playa de mi dolor / Que el buen hijo regresa a
casa / Si en casa tiene el amor / Soy de la tierra de las canciones / Del
sentir de mi gente / Que en días de siete soles / La luz de luna es más
caliente
Fado Errado
Errei porque te amei a vida
inteira / Sem nunca deste amor fazer alarde / Agora, ando p'ráqui numa canseira
/ Pois não encontro maneira / E p'ra te deixar é tarde / Se alguém me perguntar
qual foi o erro / Direi, que foi amar-te até mais não / Foi culpa deste amor a
que me aferro / Com um erro atraz dum erro / Há já erros sem perdão / Assim que
te escolhi, errei / Por querer viver p'ra ti, errei / Calquei esta paixão,
esmaguei o coração / E se fiz bem ou não, não sei / Segui o teu olhar, errei / E
quando quis voltar, errei / Mas reparei depois, que o erro era dos dois / E foi
um erro a mais que eu encontrei / Foi erro aquele beijo prolongado / Que fez
nascer em nós, ideias loucas / Foi erro termos sempre a nosso lado / O desejo
acostumado / Ao calor das nossas bocas / Foi erro aquelas juras que trocámos / Foi
erro ainda maior não as quebrar / Depois de tantos erros que emendamos / Afinal
ambos errámos / Pois só Deus não sabe errar
Fado errado
Erré porque te amé toda la
vida / Sin nunca de este amor hacer alarde / Ahora, ando por aquí en una
cansera / Pues no encuentro la manera / Y para dejarte es tarde / Si alguien me
pregunta cuál fue el erro / Yo diré, que fue amarte hasta la sinrazón / Fue
culpa de este amor al que me aferro / Con un error tras otro error / Hay ya
errores sin perdón / Así que te escogí, erré / Por querer vivir para ti, erré /
Pisé esta pasión, aplasté el corazón / Y si hice bien o no, no sé / Seguí tu
mirada, erré / Y cuando quise volver, erré / Pero reparé después que el error
era de los dos / Y fue un error más que encontré / Fue un error aquel beso
prolongado / Que hizo nacer en nosotros, ideas locas. / Fue un error tener
siempre a nuestro lado / El deseo acostumbrado / Al calor de nuestras bocas. / Fueron
un error aquellos cosas que nos juramos / Fue un error aún mayor no romperse /
Después de tantos errores que enmendamos / Al final ambos erramos / Pues sólo
Dios sabe no equivocarse
Fado Refúgio
O
fado é canto da alma / Refúgio da noite calma / Engano do sofrimento / Eu trago
na voz, a vida / Que me tem sido oferecida / Eu trago na voz, o vento / Eu
trago na voz, a vida / Que me tem sido oferecida / Eu trago na voz, o vento / Se
um amor se perdeu / Se afastou ou esqueceu / Deixou de ser meu lamento / Eu
trago na voz, a vida / De uma breve despedida / Eu trago na voz, o vento / Eu
trago na voz, a vida / De uma breve despedida / Eu trago na voz, o vento / São
meus sonhos, uma saudade / Minha vida, uma verdade / E meu canto, uma oração / Eu
trago na voz, o vento / Para afastar o lamento / Que trago no coração / Eu
trago na voz, o vento / Para afastar o lamento / Que trago no coração
Fado refugio
El fado es canto del alma / Refugio de la noche calma / Engaño del sufrimiento / Yo traigo en la voz, la vida / Que me ha sido ofrecida / Yo traigo en la voz, el viento / Yo traigo en la voz, la vida / Que me ha sido ofrecida / Yo traigo en la voz, el viento / Si un amor se perdió / Se alejó u olvidó / Dejo de ser mi lamento / Yo traigo en la voz, la vida / De una breve despedida / Yo traigo en la voz, el viento / Yo traigo en la voz, la vida / De una breve despedida / Yo traigo en la voz, el viento / Son mis sueños, una nostalgia / Mi vida, una verdad / Y mi canto, una oración / Yo traigo en la voz, el viento / Para alejar el lamento / Que traigo en el corazón / Yo traigo en la voz, el viento / Para alejar el lamento / Que traigo en el corazón
Introduce un texto aquí...