Mísia - Pura Vida (Banda Sonora), 2019
Introduce aquí el subtítular
Pura Vida - Banda Sonora (2019
1.- Rosa Negra No Meu Peito / 2.- Ouso Dizer / 3.- Corazón y Hueso / 4.- Os Homens Que Eu
Amei / 5.- Lágrima / 6.- Ausência / 7.- Fado Dos 2 Pardais / 8.- Escrevo Na Pele
/ 9.- Destino / 10.- Pasión / 11.- Fadinho Do Anúncio / 12.- Santo E Senha /
13.- Preludio Para El Año 3001 / 14.- Viagem
ROSA NEGRA NO MEU PEITO
À beira do teu destino / Pousei o meu coração / Perdeste-o pelo caminho / Ai a minha solidão. / E nasce uma rosa negra / Junto ao muro do Calvário / Abre quando a noite chega / Ao meu peito solitario / Revivendo o que me espera / Vou e venho desde sempre / Minha estrada de quimera / À saudade sempre rente / Neste palco iluminado / Bate meu coraçao perfeito / Hoje á noite canto o fado / "Rosa negra no meu peito"
ROSA NEGRA EN MI PECHO
Al lado de tu destino / Posé mi corazón / Lo perdiste en el camino / Ay de mi soledad. / Y nace una rosa negra / Junto al muro del Calvario / Abre cuando la noche llega / A mi pecho solitario / Reviviendo lo que me espera / Voy y vengo desde siempre / Mi camino de quimera / Roza siempre la saudade / En este escenario iluminado / Late mi corazón perfecto / Hoy de noche canto el fado / "Rosa negra en mi pecho"
OUSO DIZER
Ouso dizer que a saudade / Não podia ser verdade / Antes
de eu te conhecer / Ouso dizer que fingia / Sentir o que não sentia / Pela
ânsia de sofrer / Agora que te encontrei / Percebo que já não sei / O que quero
da saudade / Talvez só queira a tristeza / De nunca ter a certeza / Do que
sinto de verdade / Mas a saudade ensinou-me / A dar ao fado o teu nome / Todas
as vezes que o canto / Ouso dizê-lo baixinho / Se a voz encontra o caminho / Pró
medo de te q'rer tanto / Saudade eram tantos anos... / Uma comédia de enganos / Que
se perde no passado / Hoje chega num minuto / Veste-me a alma de luto / E
pede-me mais um fado
OIGO DECIR
Me atrevo a decir que la saudade / No podía ser verdad
/ Antes de conocerte / Me atrevo a decir que fingía / Sentir lo que no sentía /
Por el ansia de sufrir / Ahora que te he encontrado / Comprendo que ya no sé / Lo
que quiero de la saudade / Tal vez sólo quiera la tristeza / De no tener nunca
la certeza / De lo que siento de verdad / Pero la saudade me enseñó / A darle
al fado tu nombre / Todas las veces que lo canto / Me atrevo a decirlo bajito /
Si la voz encuentra el camino / Por el miedo a quererte tanto / Saudade eran
tantos años... / Una comedia de engaños / Que se pierde en el pasado / Hoy
llega en un minuto / Me viste el alma de luto / Y me pide aún otro fado
CORAZÓN Y HUESO
Tengo la ilusión que me está siguiendo / Es la sensación que me está llamando / Quiero controlar este sentimiento / Es pura ansiedad y me va encontrando / Intento parar pero ya está cerca / Es la tentación que me está acechando / Cuando voy a huir de este pensamiento / Me vuelvo a quedar corazón y hueso / Y me entrego otra vez
OS HOMENS QUE EU AMEI
Os homens que eu
amei / Amei-os um a um / A todos me entreguei / E não amei nenhum / Os homens que eu amei / Amei-os
um a um / Por todos eu chorei / E não me amou nenhum / Os homens que eu amei / Amei-os
um a um / A todos eu matei / E não morreu nenhum / Os homens que eu amei / Amei-os
um a um / Por todos me matei / Não me chorou nenhum
LOS HOMBRES QUE YO AMÉ
Los hombres que yo amé / Los amé de uno en uno / A todos me
entregué / Y no amé a ninguno / Los hombres que yo amé / Los amé de uno en uno
/ Por todos yo lloré / Y no me amó ninguno / Los hombres que yo amé / Los amé
de uno en uno / A todos yo maté / Y no murió ninguno / Los hombres que yo amé /
Los amé de uno en uno / Por todos me maté / No me lloró ninguno
LÁGRIMA
Cheia de penas... cheia de penas me deito / E com mais
penas... com mais penas me levanto / No meu peito... já me ficou no meu peito /
Este jeito... o jeito de te querer tanto / Desespero... tenho p'ra meu
desespero / Dentro de mim... dentro de mim o castigo / Não te quero... eu digo
que te não quero / E de noite... de noite sonho contigo / Se considero... que
um dia hei-de morrer / No desespero... que tenho de te não ver / Estendo o meu
xaile... estendo o meu xaile no chão / Estendo o meu xaile... e deixo-me
adormecer / Se eu soubesse... / Se eu soubesse que morrendo / Tu me havias...
tu me havias de chorar / Por uma lágrima... por uma lágrima tua / Que
alegria... me deixaria matar
LÁGRIMA
Llena de penas / Llena de penas me acuesto / Y con más penas
/ Con más penas me levanto / En mi pecho / Ya se ha quedado en mi pecho / Esta
forma / Esta forma de quererte tanto / Desesperación / Tengo como desesperación
/ Dentro de mí / Dentro de mí el castigo / Yo no te quiero / Yo digo que no te
quiero / Y de noche / De noche sueño contigo / Si considero / Que un día he de
morir / Mi desesperación / Es no volver a verte / Extiendo mi chal / Extiendo
mi chal en el suelo / Extiendo mi chal / Y me dejo adormecer / Si yo supiese /
Si yo supiese que muriendo / Tú me habías / Tú me habías de llorar / Por una
lágrima / Por una lágrima tuya / Qué alegría / Me dejaría matar
AUSÊNCIA
Namorei a tua ausência / Por tantas noites vazias / Que agora pede a
prudência / Que eu te ausente dos meus dias / É que a ausência de ti / É uma
noite tão escura / Que eu não sei sair dali / Sem ir à tua procura / O corpo
sente-se ausente / Na cama onde não se deita / E sabe ou melhor pressente / Que
a noite não o aceita / Ai, Meu amor, chegou a hora / De o Tempo negar o Espaço
/ Em que o corpo se enamora / Por ausência ou por cansaço / No entanto, és
sempre tu / Sempre que canto o meu fado / É quase o teu corpo nu / Quase....quase
aqui ao lado / Tenho a noite por exílio / A tua ausência por lei... / Venha o
Fado em meu auxílio / Ou nunca mais cantarei
AUSENCIA
Enamoré a tu ausencia / Por
tantas noches vacías / Que ahora pide la prudencia / Que te ausente de mis días
/ Es que la ausencia de ti / Es una noche tan oscura / Que no sé salir de allí
/ Sin ir en tu busca / / El cuerpo se
siente ausente / En la cama donde no se acuesta / Y sabe, o mejor presiente / Que
la noche no lo acepta / Ay, mi amor, llegó la hora / En que el Tiempo niega el
Espacio / En que el cuerpo se enamora / Por ausencia o por cansancio / Sin
embargo, estás siempre tú / Siempre que canto mi fado / Está casi tu cuerpo
desnudo / Casi... casi aquí a mi lado / Tengo
la noche por exilio / Tu ausencia por ley / Venga el Fado en mi auxilio / O
nunca más cantaré
FADO DOS 2 PARDAIS
Trago nos pulsos tatuados / Dois pardais de asas abertas / Eles sabem dos meus fados / Das minhas noites desertas / Nasceram das minhas veias / De um desejo de voar / Da chama de uma candeia / Numa janela sem ar / Trago nos pulsos tatuados / Dois pardais de asas abertas / No meu ventre desenhada / Uma ruela deserta / Nas minhas costas feridas / As asas de cem gaivotas / Voam sem rumo, perdidas / Fingindo não ter derrotas / Trago nos pulsos tatuados / Dois pardais de asas fechadas / Eles cantam os seus fados / P'ra minha alma cansada
FADO DE LOS 2 GORRIONES
Traigo en las muñecas tatuados / Dos gorriones con las alas abiertas / Ellos saben de mis fados / De mis noches desiertas / Nacieron de mis venas / De un deseo de volar / De la llama de una vela / En una ventana sin aire / Traigo en las muñecas tatuados / Dos gorriones con las alas abiertas / En mi vientre dibujada / Una calleja desierta / En mis espaldas heridas / Las alas de cien gaviotas / Vuelan sin rumbo, perdidas / Fingiendo no tener derrotas / Traigo en las muñecas tatuados / Dos gorriones con las alas cerradas / Ellos cantan sus fados / Para mi alma cansada
ESCREVO NA PELE
Não tenho asas / Nem tenho assombros, / Regresso ao
fim. / Nunca fiz casas / Sobre os meus ombros / Corpo de mim. / Não cedo
feridas / Nem cicatrizes / Sou o meu degredo. / Guardo caídas / São os matizes
/ Da dor e medo. / Escrevo na pele / Tudo o que sele / A dor e o presságio / De
risos e naufrágio / E de abraços perdidos. / Escrevo na pele / Nuvens, sangue e
memória, / No corpo da minha história / Não há gritos esquecidos. / Desbravo a
morte. / Beijo o cansaço, / E Fecho as
mãos / Sou mar e norte / Ventre e regaço / De tantos nãos / Afoguei certezas / Maldições
neguei / Regressos do fim / Comi tristezas / No meu corpo sei / Que não morri
de mim.
ESCRIBO EN LA PIEL
No tengo alas / Ni tengo asombros, / Regreso al fin. / Nunca
hice casas / Sobre mis hombros / Cuerpo de mí / No cedo heridas / Ni cicatrices
/ Soy mi destierro. / Guardo caídas / Son los matices / Del dolor y el miedo. /
Escribo en la piel / Todo lo que selle / El dolor y el presagio / De risas y
naufragio / Y de abrazos perdidos. / Escribo en la piel / Nubes, sangre y
memoria / En el cuerpo de mi historia / No hay gritos olvidados. / Amanso a la
muerte / Beso el cansancio, / Y cierro
las manos / Soy mar y norte / Vientre y regazo / De tantos noes / Ahogué
certezas / Maldiciones negué / Regreso del fin / Comí tristezas / En mi cuerpo
sé / Que no morí de mí.
DESTINO
Os destinos são
todos um insulto / Pra quem chegou à vida desarmado / E ainda mal conhece ser
adulto / Mas já tem de aprender a estar cansado / Já pus um laço à volta do
pescoço / Já encostei a arma ao coração / Já chamei pela Morte... não a ouço / E
ao entregar-me à Vida... também não / Não quero o meu destino... não o quero / Nem
quero outro qualquer no seu lugar / Viver a mil é voltar sempre a zero / Pra
quem pensou um dia em se matar / Se eu ando a confessar desde menino / Os
pecados que o Tempo praticou / Serei muito maior que o meu destino / E hei-de
me agradar de ser quem sou
DESTINO
Los destinos son todos un insulto / Para quien llegó a la
vida desarmado / Y cuando apenas comprende que es ser adulto / Ya tiene que
aprender a estar cansado / Ya puse un lazo alrededor del cuello / Ya apoyé el
arma en el corazón / Ya llamé a la Muerte... no la oigo / Y al entregarme a la
vida... tampoco / No quiero mi destino... no lo quiero / Ni quiero otro cualquiera
en su lugar / Vivir a mil es volver siempre a cero / Para quien un día pensó en
matarse / Si yo estoy confesando desde niño / Los pecados que el tiempo cometió
/ Seré mucho mayor que mi destino / Y tendrá que gustarme ser quien soy
PASIÓN
No, no digas que yo me muero / Amor, mi vida es sufrimiento / Yo te quiero en mi camino / Por vos cambiaba mi destino / Ay, abrázame esta noche / Y aunque no tengas ganas / Prefiero que me mientas / Tristes breves nuestras vidas / Acércate a mí, abrázame a ti por Dios / Entrégate a mis brazos / Tengo un corazón ganando / Yo sé que vos me estas escuchando / Con mis lágrimas te quiero / Pasión, sos mi amor sincero / Ay, abrázame esta noche / Y aunque no tengas ganas / Prefiero que me mientas / Tristes breves nuestras vidas / Acércate a mí, abrázame a ti por Dios / Entrégate a mis brazos
FADINHO DO ANÚNCIO
No jornal desta manhã / Pus anúncio em que sublinho: /
Procuro outro Alain Oulman / Da família do Armandinho, / Quem pegue na voz
humana / De muitos poetas vivos, / E a ponha na filigrana / De fados
definitivos, / Fados de amarga saudade / Em corpo, alma, entendimento, / E que
sejam só verdade / Naquele
acompanhamento, / Tudo a dar um nó nas vísceras / E a quebrar o coração... / Prometo
que dou alvíssaras / Às cartas à redacção. / Ah, quem me dera um fadinho / De
seda, veludo e lã, / Com lembranças do Armandinho / E do primo Alain Oulman...
FADITO DEL ANUNCIO
En el periódico de esta
mañana / Puse un anuncio en el que remarco / Busco otro Alain Oulman / De la
familia de Armandinho, / Que pegue en la voz humana / De muchos poemas vivos, /
E la ponga en filigrana / De fados definitivos / Fados de amarga saudade / En
cuerpo, alma, entendimiento, / Y que sean sólo verdad / Con ese acompañamiento
/ Todo anudando las vísceras / Y rompiendo el corazón... / Prometo dar recompensa
/ A las cartas a la redacción / Ay, quien me diera un fadito / De seda,
terciopelo y lana / Con recuerdos de Armandinho / Y del primo Alain Oulman
SANTO E SENHA
Deixem passar quem vai na sua estrada / Deixem passar / Quem vai cheio de noite e de luar / Deixem passar e não lhe digam nada / Deixem, que vai apenas / Beber água de Sonho a qualquer fonte / Ou colher açucenas / A um jardim que ele là sabe, ali defronte. / Vem da terra de todos, onde mora / E onde volta depois de amanhecer / Deixem-no pois passar / Deixem-no pois passar, agora / Que vai cheio de noite e solidão / Que vai ser / Uma estrela no chão / Deixem-no pois passar / Deixem-no pois passar, agora / Que vai cheio de noite e solidão / Que vai ser / Uma estrela no chão
SANTO Y SEÑA
Dejen pasar a quien va por su camino / Dejen pasar / A quien va lleno de noche y luz de luna / Dejen pasar y no le digan nada / Dejen, que va apenas / A beber agua de Sueño a cualquier fuente / O a coger azucenas / A un jardín que él conoce, allí al frente / Viene de la tierra de todos, donde mora / Y donde vuelve después de amanecer / Déjenlo pues pasar / Déjenlo pues pasar ahora / Que va lleno de noche y soledad / Que va a ser / Una estrella en el suelo / Déjenlo pues pasar / Déjenlo pues pasar ahora / Que va lleno de noche y soledad / Que va a ser / Una estrella en el suelo
PRELUDIO PARA EL AÑO 3001
Renaceré
en Buenos Aires en otra tarde de Junio, / con estas ganas tremendas de querer y
de vivir. / Renaceré fatalmente, será el año tres mil uno / y habrá un domingo
de otoño por la plaza San Martín. / Le ladrarán a mi sombra los perritos
vagabundos, / con mi modesto equipaje llegaré del Más Allá, / y arrodillado en
mi Río de la Plata lindo y sucio, / me amasaré otro incansable corazón de barro
y sal. / Y vendrán tres lustrabotas, tres payasos y tres brujos, / mis
inmortales compinches gritándome "¡Fuerza, che, / nacé, nacé, dale pibe,
metéle hermano, que es duro, / pero muy bueno el oficio de morir y
renacer!" / Renaceré, renaceré, renaceré, / y una gran voz extraterrestre
me dará / la fuerza antigua y dolorosa de la Fe, / para volver, para creer,
para luchar. / Tendré un clavel de otro planeta en el ojal, / porque si nadie
ha renacido, ¡yo podré! / Mi Buenos Aires siglo treinta y uno, ya verás: / renaceré,
renaceré, ¡renaceré! / Renaceré de las cosas que he querido mucho, mucho, / cuando
los dioses digan bajito "Volvió..." / Yo besaré la memoria de tus
ojos taciturnos, / para seguirte el poema que a medio hacer me quedó. / Renaceré
de las frutas de un mercado con laburo, / y de la mugre serena de un romántico
café, / de un sideral subterráneo Plaza de Mayo a Saturno / y de una bronca de
obreros por el sur renaceré. / Pero verás que renazco en el año tres mil uno, /
y con muchachos y chicas que no han sido y que serán, / bendeciremos la tierra,
tierra nuestra, y te lo juro / que a Buenos Aires de nuevo nos pondremos a
fundar. / Renaceré, renaceré, renaceré, / y una gran voz extraterrestre me dará
/ la fuerza antigua y dolorosa de la Fe, / para volver, para crecer, para
luchar. / Traeré un clavel de otro planeta en el ojal, / porque si nadie ha
renacido ¡yo podré! / Ciudad del siglo treinta y uno, ya verás: / renaceré,
renaceré, ¡renaceré!
VIAGEM
É o vento que me leva. / O vento lusitano. / É este sopro humano / Universal / Que enfuna a inquietação de Portugal. / É esta fúria de loucura mansa / Que tudo alcança / Sem alcançar. / Que vai de céu em céu, / De mar em mar, / Até nunca chegar. / É este sopro humano / Universal / Que enfuna a inquietação de Portugal. / E esta tentação de me encontrar / Mais rico de amargura / Nas pausas da ventura / De me procurar... / É este sopro humano / Universal / Que enfuna a inquietação de Portugal.
VIAJE
Es el viento quien me lleva. / El viento lusitano / En este soplo humano / Universal / Que insufla la inquietud de Portugal / Es esta furia de locura mansa / Que todo alcanza / Sin alcanzar / Que va de cielo en cielo, / De mar en mar / Hasta nunca llegar / En este soplo humano / Universal / Que insufla la inquietud de Portugal / Y esta tentación de encontrarme / Más rico de amargura / En las pausas de la ventura / De buscarme / En este soplo humano / Universal / Que insufla la inquietud de Portugal