Ricardo Ribeiro - Porta do coração (2010)


Porta do Coração (2004)

1.- Água Louca Da Ribeira / 2.- Barro Divino / 3.- Moreninha Da Travessa / 4.- Um Fado Só Para Ti (Poema Tristonho) / 5.- Glosa Da Saudade / 6.- Desdobro A Madrugada / 7.- Sonho Fadista / 8. -E Nunca Mais De Nim / 9.- Porquê A Verdade À Noite? / 10.- Tantos Caminhos / 11. -Fama De Alfama (Bairro Afamado) / 12.- Aqui Na Verde Varanda / 13.- Somos Do Mar E Do Vinho / 14.- A Porta Do Coração / 15.- A Minha Oração

Água louca da ribeira

Água louca da ribeira / Que corres em cavalgada / Porque não vais devagar? / Essa corrida é cegueira / Não vês nem olhas para nada / Na pressa de ver o mar / Já corri dessa maneira / Nas asas de uma ilusão / Na loucura de chegar / Fui deixando pela ladeira / Pedaços do coração / Beijos loucos sem amar / Vida que foste vivida / A correr tão velozmente / Paraste à beira do mar / Agora vives perdida / São saudades o que sentes / Por não poderes regressar

Água louca da ribeira

Agua loca de la ribera / Que corres en cabalgada / ¿Por qué no vas más despacio? / esa carrera es ceguera / No ves ni miras nada / En tu prisa por ver el mar / Ya corrí de esa manera / En alas de una ilusión / En la locura de llegar / Fui dejando por las márgenes / pedazos del corazón / Besos locos sin amar / Vida que fuiste vivida / Corriendo tan velozmente / Paraste a la orilla del mar / Ahora vives perdida / Son saudades lo que sientes / Por no poder regresar

Barro divino

Mesmo nas horas felizes, se as há / Alguma coisa é proibida / Posse impossível, distante, que dá / Sentido diferente à vida / O insaciável que existe na gente / Domina a nossa vontade / Triste final duma crença diferente / Diferente da felicidade / E sem saber até onde, o destino / É ou não o que se quer / Somos a lama, o barro divino / Que cada um julga ser / Na minha voz a cantar, corre o pranto / Dum ser que não se entendeu / E assim procuro encontrar o encanto / Que a vida p'ra mim perdeu / A revoltante maldade duns poucos / Espalha o ódio à sua volta / E faz da terra um inferno de loucos / Onde a razão se revolta / Pois quer se acredite ou não no destino / Todos seremos sem querer / Simples poeira de barro divino / Que cada um julga ser

Barro divino

Incluso en las horas felices, si las hay / Alguna cosa está prohibida / Posesión imposible, distante, que da / Sentido diferente a la vida / Lo insaciable que existe en la gente / Domina nuestro deseo / Triste final de una creencia diferente / Diferente de la felicidad / Y sin saber has dónde, el destino / Es o no lo que se quiere / Somos el limo de un barro divino / Que cada uno juzga ser / En mi voz cuando canto corre el llanto / De un ser que no se entendió / Y así procuro encontrar el encanto / Que la vida para mí perdió / La indignante maldad de unos pocos / Esparce odio a su paso / Y hace de la tierra un infierno de locos / Donde la razón se rebela / Pues se crea o no en el destino / Todos seremos sin quererlo / Simple polvareda de un barro divino / Que cada uno juzga ser

Moreninha da travessa

Moreninha da travessa / Que atravessa a minha rua / Apenas por culpa sua / Penas minh'alma atravessa / Onde vai assim depressa / Porque atravessa a correr / Fugindo a quem a quer ver / Onde vai com tanta pressa / Por mais que diga e lhe peça / Que essa pressa diminua / Apressada continua / E o que eu digo não lhe interessa / Qualquer dia ainda tropeça / Nessa pressa de fugir / Tropeça e pode caír / Veja lá, não caia nessa / Mas se caír, lhe aconteça / P'ra se livrar de embaraços / Veja se cai nos maus braços / Moreninha da travessa / Veja se cai nos meus braços / Veja lá se cai depressa

Morenita de la travesía

Morenita de la travesía / Que atraviesa mi calle / Un poco por su culpa / Mi alma atraviesa penas / Donde va así de deprisa / Porque la atraviesa corriendo / Huyendo de quien la quiera ver / Dónde va con tanta prisa / Por más que diga y le pida / Que disminuya esa prisa / Apresada continúa / U lo que le digo no le interesa / Cualquier día tropieza / Por esas prisas de huir / Tropieza y puede caer / Mira que no caiga en esa / Pero si sucede que cae / Por librarse de la vergüenza / A ver si cae en mis brazos / Morenita de la travesía / A ver si cae en mis brazos / A ver si cae deprisa

Um fado só para ti (Poema tristonho)

Fiz um poema tristonho / Onde o teu amor risonho / Era promessa e desejo / Moldei teu corpo dormindo / E nos teus lábios sorrindo / A paz serena de um beijo / Podes ler neste poema / Todo o meu amor por tema / Minha alma em cada verso / Faz dele um hino de vida / Na grandeza desmedida / Do descrente universo / És o mote do poema / Misto de amor e saudade / De alegria e de verdade / És o retrato feliz / Daquilo que em ti mais quis / E em mim deixou saudade

Un fado sólo para ti (Poema tristón)

Hice un poema tristón / Donde tu amor risueño / Era promesa y deseo / Moldeé tu cuerpo durmiendo / Y en tus labios sonrientes / La paz serena de un beso / Puedes leer en este poema / Todo mi amor por tema / Mi alma en cada verso / Ha de él un himno a la vida / En la grandeza desmedida / De un descreído universo / Eres el tema del poema / Mezcla de amor y saudade / De alegría y de verdad / Eres el retrato feliz / De aquello que en ti más quise / Y en mí dejó saudade

Glosa da saudade

Mandei a saudade embora / Atirei-a pela janela / Mas fui buscá-la lá fora / Já tinha saudades dela / Essa atrevida dizia / Regalada no meu peito / Que era minha por direito / E dali não saíria / Eu que bem a conhecia / Por andar sempre com ela / Já não me revia nela / E então sem mais demora / Mandei a saudade embora / Atirei-a pela janela / Com o ego aliviado / Desse peso desse fogo / Decidi entrar no jogo / De outro ego consolado / E não ouvi de bom grado / A voz da saudade / Aquela que nos chama e interpela / Como alguém que nos namora / Mas fui buscá-la lá fora / Já tinha saudades dela

Glosa de la saudade

Mandé a la saudade lejos / La tiré por la ventana / Pero fui a buscarla fuera / Ya tenía saudades de ella / Ella, atrevida, decía / Recreándose en mi pecho / Que era mía por derecho / Y de allí no se iría / Yo, que bien la conocía / Por estar siempre con ella / Ya no me reconocía en ella / Y entonces, sin más demora / Mandé a la saudade lejos / La tiré por la ventana / Con el ego aliviado / De ese peso, de ese fuego / decidí entrar en el juego / De otro ego consolado / Y no escuché de buen grado / La voz de la saudade / Aquella que nos llama e interpela / Como alguien que nos enamora / Pero fui a buscarla fuera / Ya tenía saudades de ella

Desdobro a madrugada

Desdobro a madrugada nos meus olhos / As mãos da minha voz despem guitarras / E o fado é flor sem tempo que desfolho / Silêncio que de mim se desamarra / Passeio devagar entre as palavras / Respiro-lhes a dor, a solidão / E sinto que um sorriso lhes bastava / Para darem ao silêncio um coração / Pendentes do cansaço como frutos / Há sonhos perfumados transparentes / Enquanto trocam horas por minutos / O fado é que lhes serve de semente / É fado esta saudade onde recolho / A vida que de mim se desamarra / Desdobro a madrugada nos meus olhos / As mãos da minha voz despem guitarras

Desdoblo la madrugada

Desdoblo la madrugada en mis ojos / Las manos de mi voz desnudan guitarras / Y el fado es flor sin tiempo que deshojo / Silencio que de mí se desamarra / Paseo despacio entre las palabras / Les respiro el dolor, la soledad / Y siento que una sonrisa les bastaba / Para dar al silencio un corazón / Pendientes del cansancio como frutos / Hay sueños perfumados, transparentes / Y al cambiarse las horas por minutos / El fado es quien les sirve de simiente / Es fado esta saudade en que recojo / La vida que de mí se desamarra / Desdoblo la madrugada en mis ojos / Las manos de mi voz desnudan guitarras

Sonho fadista

Sonhei que o fado corrido / Fugiu num barco doirado / E no mar anda perdido / Com saudades do passado / Neste mundo transcendente / Uma eterna fantasia / Na tristeza ou na alegria / Vai sonhando toda a gente / Assim eu sentidamente / Com tristeza e desagrado / Tive um sonho apaixonado / Muito embora dolorido / Sonhei que o fado corrido / Fugiu num barco doirado / E sonhando constrangido / Como sincero fadista / A minh'alma saudosista / P'la tristeza foi vencida / Só porque sonhei sentido / Por ver um sonho magoado / Que o corrido, o triste fado / Ausentou-se condoído / E no mar anda perdido / Com saudades do passado

Sonho fadista

Soñé que el fado corrido / Huyó en un barco dorado / Y en el mar anda perdido / Con saudades del pasado / En este mundo trascendente / Una eterna fantasía / En la tristeza o en la alegría / Va soñando toda la gente / Así, yo, sentidamente / Con tristeza y desagrado / Tuve un sueño apasionado / Aún mucho más dolorido / Soñé que el fado corrido / Huyó en un barco dorado / Y soñando constreñido / Como sincero fadista / Mi alma saudosista / Por la tristeza fue vencida / Sólo porque soñé sentido / Por ver un sueño dolorido / Que el corrido es triste fado / Y se asentó condolido / Y en el mar anda perdido / Con saudades del pasado

E nunca mais de mim

E nunca mais de mim infinita metade / Hás-de sentir saudade do tempo de nós dois / E nunca mais de mim terás mais do que agora / Mandei amores embora e em ti fiquei depois / E nunca mais de mim noites de lua meia / Se trago a lua cheia à noite que tu és / E nunca mais de mim o ciúme de ver / Ondas de mar por querer beijarem os teus pés / Oh estrela do meu peito oh fonte de água boa / Cantar que me abençoa oh torre de marfim / Se em ti tudo é perfeito pelo amor que me dás / Que eu saiba onde tu estás e nunca mais de mim

E nunca mais de mim

Y nunca más de mí, infinita mitad / Debes sentir saudade del tiempo de nosotros / Y nunca más de mí tendrás más dolor que ahora / Mandé lejos los amores y en ti me quedé después / Y nunca más de mi, noches de media luna / Si traigo la luna llena a la noche que tú eres / Y nunca más de mí los celos de ver / Olas del mar queriendo besar tus pies / Oh, fuente de mi pecho, oh, fuente de agua buena / Cantar que me bendice; oh, torre de marfil / Si en ti todo es perfecto por el amor que me das / Que yo sepa dónde estás y nunca más de mí

Porquê a verdade à noite

Porquê dizer agora o que não quero / Porquê falar agora do passado / Porquê tentar agora ser sincero / Porquê falar falar de amor em mais um fado / Rasgar a tua noite com verdades / Porquê se as estrelas são mentira / E as penas com que escrevem a saudade / São setas que o ciúme ainda me atira / Porquê esperar agora como espero / Que voltes a deitar-te a meu lado / Porquê dizer agora o que não quero / Porquê falar agora do passado

Por qué la verdad por la noite

Por qué decir ahora lo que no quiero / Por qué hablar ahora del pasado / Por qué intentar ahora ser sincero / Por qué hablar de amor en otro fado /Rasgar tu noche con verdades / Por qué si las estrellas son mentira / Y las penas con que escriben la saudade / Son flechas que los celos aún me lanzan / Por qué esperar ahora como espero / Que vuelvas a dejarme a tu lado / Por qué decir ahora lo que no quiero / Por qué hablar ahora del pasado

Tantos caminhos

Existem tantos caminhos / Onde os homens vão sózinhos / Em busca de uma ilusão / Passo a passo, quem avança / Só vai andando na esperança / De enganar a solidão / Dá-se um passo e outro passo / Mas quando chega o cansço / E a gente pensa em parar / Por castigo ou por má sina / Há uma força divina / Que nos obriga a andar / Existem tantas estradas / Onde se notam pégadas / Que o vento não apagou / São pégadas que se arrastam / Mas que no tempo se gastam / E ninguém por lá passou / Por isso sigo, seguindo / Há medida que vou indo / Sei que nesta caminhada / Não se chega a um lugar / Só nos resta caminhar / Porque só existe a estrada

Tantos caminos

Existen tantos caminos /Por donde los hombres a solos / En busaca de una ilusión / Paso a paso, quien avanza / Va sólo andando en la esperanza / De engañar a la soledad / Se da un paso y otro paso / Pero cuando llega el cansancio / Y la gente piensa en parar / Por castigo o por mal sino / Hay una fuerza divina / Que nos obliga a andar / Existen tantas calles / Donde se notan las huellas / Que el viento no borró / Son huellas que se arrastran / Pero con el tiempo se gastan / Y nadie pasó por allí / Por eso sigo, siguiendo / Y mientras voy caminando / Se que en esta travesía / No se llega a ningún lugar / Sólo nos queda caminar / Porque sólo existe camino

Fama de Alfama (Bairro afamado)

Não tenham medo da fama / De Alfama mal afamada / A fama às vezes difama / Gente boa, gente honrada / Fadistas venham comigo / Ouvir o fado vadio / E cantar ao desafio / Num castiço bairro antigo / Vamos lá como lhes digo / E hão-de ver de madrugada / Como foi boa a noitada / No velho bairro de Alfama / Não tenham medo da fama / De Alfama mal afamada / Eu sei que o mundo falava / Mas por certo com maldade / Pois nem sempre era verdade / Aquilo que se contava / Muita gente ali levava / Vida sã e sossegada / Sobre uma fama malvada / Que a salpicava de lama / A fama às vezes difama / Gente boa, gente honrada

Fama de Alfama (Bairro afamado)

No tengan miedo de la fama / De Alfama, mal afamada / La fama a veces difama / A gente buena, gente honrada / Fadistas, vengan conmigo / O escuchar fado callejero / Y cantar al desafío / En un castizo barrio antiguo / Vamos allá, como les digo / Y verán en la madrugada / Como fue buena la velada / En el viejo barrio de Alfama / No tengan miedo de la fama / De Alfama, mal afamada / Yo sé que la gente hablaba / Pero, por cierto, con maldad / Pues no siempre era verdad / Aquello que se contaba / Mucha gente allí llevaba / Vida sana y sosegada / Bajo una fama malvada / Que la salpicaba de lodo / La fama a veces difama / A gente buena, gente honrada

Aqui na verde varanda

Aqui na verde varanda / Do meu peito à tua espera / Não amarei quem me manda / Outra nova primavera / Dos verdes ramos dos campos / Ganhei esperanças de tempo / E sequei todos os prantos / E parei todos os ventos / Quantas vezes te esperava / Debulhado em lençóis de água / Só por ti amor cantava / Chorando estrelas de mágoa / E assim de verde me visto / E assim de verde te amo / Assim de verde resisto / Assim de verde te chamo

Aquí en la verde baranda

Aquí, en la verde baranda / De mi pecho a tu espera / No amaré a quien me manda / Otra nueva primavera / De los verdes ramos de los campos / Gané esperanzas de tiempo / Y seguí todos los llantos / Y paré todos los vientos / Cuántas veces te esperaba / Deshojado en sábanas de agua / Sólo por ti, amor, cantaba / Llorando estrellas de amargura / Y así de verde me visto / Y así de verde te amo / Así de verde resisto / Así de verde te llamo

Somos do mar e do vinho

A nossa vida é tão chata e ficamos a pensar / Se merece mesmo a pena nós andarmos a penar / Eu escuto as palavras mas não vejo as acções / Temos muitas teorias mas não temos soluções / Depois bebemos um copo de aguardente / E a vida parece melhor / Somos da terra e do vinho, temos falta de carinho / E o futuro ainda pior / Mas se surgem os problemas enfrentamos de uma forma audaz / Nós já perdemos o medo, seja o que for tanto faz / Ah... a nossa vida / É um labirinto de paixões / Quem não fala com verdade, quem em si não acredita / Quem não joga o jogo certo só semeia a confusão

Somos del mar y del vino

Nuestra vida es tan insignificante y nos quedamos pensando / Si merece la pena que sigamos penando / Yo escucho las palabras pero no veo las acciones / Tenemos muchas teorías pero no tenemos soluciones / Después bebemos un vaso de aguardiente / Y la vida parece mejor / Somos de la tierra del vino, tenemos falta de cariño / Y un futuro aún peor / Pero si surgen los problemas los afrontamos de una forma audaz / Nosotros perdemos el miedo, sea por lo que sea da igual / Ay.... nuestra vida / Es un laberinto de pasiones / Quien no habla con la verdad, quien en sí no cree / Quien no juega a juegos ciertos sólo siembra confusión

A porta do coraçao

Feia ou bonita, que importa / Se nos assalta a paixão / Por quem nos sabe vencer / O coração tem uma porta / E a porta do coração / Abre-se às vezes sem querer! / Cruzei um dia na vida / Com um olhar tanto a preceito / Que me toldou a presença, / Ela não pediu guarida / Mas bateu com tanto jeito / Que entrou sem eu dar licença! / O amor é um imprevisto / Faz-nos rir, faz-nos chorar / Faz-nos sofrer e sentir / O meu coração tem disto / Às vezes quero-o fechar / Mas ele teima em abrir! / Que importa o riso, a traição / Quem ama tudo suporta / O resto não tem valor / Só quem não tem coração / É que não tem uma porta / P'ra dar entrada ao amor

La puerta del corazón

Fea o bonita, qué importa / Si nos asalta la pasión / Por quien nos sabe vencer / El corazón tienen una puerta / Y la puerta del corazón / ¡Se abre a veces sin querer! / Me crucé un día en la vida / Con una mirada tan rigurosa / Que me oscureció el semblante / Ella no pidió guarida / Pero llamó con tanto empeño / Que entró sin tener mi permiso / El amor es un imprevisto / Nos hace reír, nos hace llorar / Nos hace sufrir y sentir / Mi corazón necesita de esto / A veces lo quiero cerrar / ¡Pero él se empeña en abrir! / Qué importa la burla, o la traición / Quién ama todo lo soporta / Lo demás no tiene valor / Sólo quien no tiene corazón / Es quien no tienen una puerta / Para dar entrada al amor

A minha oração

Não fui menino de coro / Nunca aprendi a rezar / Mas aprendi este choro / Que a vida me soube dar / Esta mágoa na garganta / Com que canto os meus revezes / Diz o povo que quem canta / Reza sempre duas vezes / Cada verso uma oração / Um padre-nosso rezado / E na minha confissão / Vão as rimas do meu fado / Nunca aprendi a rezar / A erguer as mãos aos céus / Mas eu sinto que ao cantar / Estou a conversar com Deus

Mi oración

No fui niño de coro / Nunca aprendía a rezar / Pero aprendí este llanto / Que la vida me supo dar / Esta amargura en la garganta / Con la que canto mis reveses / Dice el pueblo que quien canta / Reza siempre por dos veces / Cada verso una oración / Un padrenuestro rezado / Y en mi confusión / Van las rimas de este fado / Nunca aprendí a rezar / Y a erguir las manos a los cielos / Pero siento que al cantar / Estoy conversando con Dios

¡Crea tu página web gratis! Esta página web fue creada con Webnode. Crea tu propia web gratis hoy mismo! Comenzar